sexta-feira, 7 de junho de 2013

Atravessando aguas turbulentas

Você já teve oportunidade de estar numa sala cheia de espelhos?
Segundo a posição do espelho e de acordo com que dirigimos nosso olhar, temos uma nova visão. A mesma pessoa, ou mesmo objeto, pode ser visto de várias formas diferentes. Coisa simples e que todo mundo sabe. Mas o que nem todo mundo pensa é que na vida é exatamente a mesma coisa. Muda a nossa visão quando mudamos nosso olhar para outro lado.
 
O erro está em sempre dirigir o olhar na mesma direção.
É assim quando atravessamos águas turbulentas.
E é essa visão única na nossa frente que nos abate, nos conduz ao desespero.
O homem só se desespera quando não consegue ver saída.
 
Portanto, pegue o seu espelho e tente ver outros ângulos.
Talvez do outro lado a coisa não seja assim tão difícil.
Quem sabe essa não é aquela oportunidade que estava faltando  te fazer dirigir o olhar para outra direção?
 
Somos pessoas acomodadas!
Ah, terrivelmente acomodadas.
Uma vez instalados, por que mudar?
E quando uma situação nos obriga a ficar de pé, aí sim é que fica difícil.
O fato de estarmos sempre sentados no mesmo lugar pode nos deixar com as pernas preguiçosas. Não peça nenhum esforço de si mesmo e você vai ver como pessoas também enferrujam.
 
Eu me pergunto qual foi a reação do povo de Israel diante do mar vermelho.
Era o fim através da visão humana.
É provável que alguns tenham morrido de ataque cardíaco diante do grande mar e com o exercíto atrás.
Morrido por precipitação e falta de fé.
Mas o mar se abriu no momento preciso e as pessoas puderam atravessar.
Como gosto dessa história!
 
"Se diante de mim não se abrir o mar, Deus vai me fazer andar por sobre as águas."
Desconheço o autor dessa frase, que faz parte de um hino.
Mas taí um verdadeiro lema de vida.
Durante muito tempo eu cantarolei essas palavras e hoje ainda procuro vivê-las.
E quando olho pra frente e que tudo parece obscuro e indeciso, procuro os outros ângulos do meu espelho.
E me apego à parte mais positiva.
Eu sei que de uma maneira ou de outra Deus me dará uma saída, uma porta, uma janela aberta.
E se na minha pequena visão eu não conseguir enxergar (podemos ser muito pequenininhos de vez em quando!), Deus vê por mim, eu creio nisso e espero.
 
Eu sei que não sou de pedra, não sou dura e nem indestrutível.
Eu também sofro e choro às vezes.
Mas o meu Deus é indestrutível e não há nada em que Ele ponha a mão que não progresse.
E Ele me deu esse espelho invisível para que eu possa sempre avaliar uma situação olhando por todos os lados.
E deu ao meu coração a certeza de que, se eu tiver que passar por águas turbulentas, eu passo, mas elas jamais irão me afogar.
 
Muita Paz!
 
© Letícia Thompson

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