segunda-feira, 14 de abril de 2014

O Espetáculo da Vida

Que você seja um grande empreendedor. Quando empreender, não tenha medo de falhar. Quando falhar, não tenha receio de chorar. Quando chorar, repense a sua vida, mas não recue. Dê sempre uma nova chance para si mesmo.

Encontre um oásis em seu deserto. Os perdedores vêem os raios. Os vencedores vêem a chuva e a oportunidade de cultivar. Os perdedores paralisam-se diante das perdas e dos fracassos. Os vencedores começam tudo de novo.

Saiba que o maior carrasco do ser humano é ele mesmo. Não seja escravo dos seus pensamentos negativos. Liberte-se da pior prisão do mundo: o cárcere da emoção. O destino raramente é inevitável, mas sim uma escolha. Escolha ser um ser humano consciente, livre e inteligente.

Sua vida é mais importante do que todo o ouro do mundo. Mais bela que as estrelas: obra-prima do Autor da vida. Apesar dos seus defeitos, você não é um número na multidão. Ninguém é igual a você no palco da vida. Você é um ser humano insubstituível.

Jamais desista das pessoas que ama. Jamais desista de ser feliz. Lute sempre pelos seus sonhos. Seja profundamente apaixonado pela vida. Pois a vida é um espetáculo imperdível.

Augusto Cury

domingo, 13 de abril de 2014

Você Vai Conseguir

Você Vai Conseguir
Se Deus é nossa força, nosso socorro, nossa ajuda, não devemos temer e nem desanimar. Se Deus nos ajudar, nós iremos conseguir.

Você Vai Conseguir

Se você encontrar um caminho que não apresenta nenhum obstáculo, saiba que esse caminho não irá levá-lo a lugar nenhum. - Frank Clark

O desafio que você tem hoje diante do seu horizonte por acaso lhe parece algo intransponível? A realidade é que ele não é tão difícil de superar como aparenta ser. De fato, uma vez que você o supere, ele já não irá lhe parecer difícil. Isso porque, no processo de superá-lo você irá aprender, aprimorar-se, crescer e se tornar muito mais forte, decidido e autoconfiante.

Você Vai Conseguir

Imagine agora, apenas por alguns momentos, que você já superou esses desafios. Consequentemente, como resultado dessa experiência você se tornou mais competente. Você atingiu um nível mais elevado de sabedoria, força e eficiência, e até mesmo um saudável atrevimento.

Portanto, confiando na graça maravilhosa do nosso Deus, encare com coragem, determinação, persistência e disciplina esse novo desafio que está à sua frente. A vitória é sua. Você irá superá-lo, e ao superá-lo, novos magníficos valores serão acrescentados à sua existência.

Você vai conseguir !

Se você acha que pode você está certo, se você acha que não pode você também está certo. - John Rockfeller

Você pode surpreender alguém com um sincero ato de bondade que é totalmente inesperado e completamente prazeroso. Você pode dar a mão a alguém e dar uma palavra de encorajamento a aqueles que mais necessitam.

Você pode focalizar um alvo e fazer tudo que é necessário para alcançá-lo. Você pode tomar um momento aparentemente comum a todos os outros e enchê-lo de um valor extraordinário. Você pode perdoar. Você pode apreciar.

Você Vai Conseguir

Salmos 70:1 Apressa-te, ó Deus, em me livrar; SENHOR, apressa-te em ajudar-me.

Você pode expressar a si mesmo e você pode ouvir quem precisa ser ouvido. Você pode ensinar e você pode aprender.

Você pode olhar para um determinado problema e nele encontrar uma positiva oportunidade. Você pode ver o que está errado com uma determinada situação e tomar os passos corretos para corrigi-la.

No final deste dia o seu mundo pode ser bem diferente do que começou. Por quê? Porque você sempre pode fazer uma positiva diferença.

Você Vai Conseguir

Tudo posso naquele que me fortalece. Filipenses 4:19

Lute e acredite que Deus te dará forças. O Senhor quer que você vença. VOCÊ VAI CONSEGUIR

Salmos 54:4 Eis que Deus é o meu ajudador

Hebreus 13:6 E, assim, com confiança, ousemos dizer: O Senhor é o meu ajudador.

Deus está com você. VOCÊ VAI CONSEGUIR!

(Cruzada Vitória em Cristo)

sábado, 12 de abril de 2014

A presença do amor

Os passageiros do ônibus olhavam com compaixão a jovem mulher com a bengala branca enquanto ela cuidadosamente subia os degraus. Ela pagou a passagem e com suas mãos localizou o assento vazio que o motorista indicara. Então, sentou-se colocando sua pasta no colo e descansou a bengala contra a perna.

Fazia um ano desde que Susan, 34 anos, ficara cega. Devido a um erro de diagnostico medico havia perdido a visão e foi lançada repentinamente em um mundo de escuridão, raiva, frustração e pena de si mesma. Outrora independente, agora Susan estava condenada por essa tragédia do destino a tornar-se um fardo impotente, desamparada.
- Como isto pôde ter acontecido comigo? ela dizia, com o coração mergulhado em amargura.

Não importando quanto lamentasse ou rezasse, sabia que sua dor não poderia trazer de volta sua visão. Uma nuvem de depressão rondou seu espirito, outrora otimista. Cada dia, viver era um exercício de frustração e esgotamento.

E tudo o que ela tinha a que se agarrar era seu marido, Mark, um oficial da Força Aérea que a amava com todo seu coração.

Quando ela perdeu sua visão, ele a olhou e sentindo o desespero da esposa, determinou-se a ajudá-la a recuperar a força e confiança que ela precisava para tornar-se independente novamente. A experiência militar de Mark havia treinado-o para lidar com situações delicadas e ele sabia que aquela seria a mais difícil batalha que ele teria que enfrentar.

Finalmente, Susan sentia-se preparada para retornar a seu trabalho, mas como fazê-la chegar até lá? Ela costumava pegar o ônibus, mas agora estava muito amedrontada para andar pela cidade sozinha. Mark ofereceu-se para levá-la de carro diariamente, embora eles morassem no lado oposto da cidade. No principio, Susan sentiu-se confortada e isso satisfez a necessidade que Mark sentia de ajudar sua esposa cega que sentia-se tão insegura sobre executar as tarefas mais simples. Logo, no entanto, Mark percebeu que isso não estava funcionando - além de conturbar o horário, ainda estava saindo caro. Ele admitiu a si mesmo que Susan teria que começar tomar o ônibus novamente. No entanto, apenas o fato de ter que mencionar isso a ela fez com que ele sentisse-se incomodado. Ela ainda sentia-se fragilizada e com raiva. Como ela reagiria?

Como Mark previra, Susan ficara horrorizada à ideia de ter que tomar o ônibus novamente.
- Eu estou cega!, ela respondeu amargamente. Como posso saber onde estarei indo? Eu sinto como se você estivesse abandonando-me!

O coração de Mark quebrou-se ao ouvir estas palavras, mas ele sabia o que deveria ser feito. Prometeu a ela que a cada manha e a cada noite ele a acompanharia até o ponto de ônibus, até que ela sentisse-se capaz de fazer por si mesma. E foi exatamente isso o que aconteceu.

Durante duas semanas, Mark vestiu seu uniforme militar e acompanhou Susan quando ela ia e vinha do trabalho. Ele ensinou-lhe como confiar em seus outros sentidos, especialmente na audição, para determinar onde ela estava e como adaptar-se a seu novo ambiente. Ele a ajudou a ser amiga do motorista de ônibus que poderia ajudá-la a encontrar um assento. Ele a fez rir, mesmo naqueles dias difíceis quando ela tropeçava nos degraus do ônibus ou derrubava sua pasta.

A cada manha, eles faziam o mesmo caminho juntos e Mark pegava um taxi de volta para seu trabalho. Embora essa rotina fosse mais cara e cansativa que a anterior, Mark sabia que era apenas uma questão de tempo até que ela pudesse pegar o ônibus por si só. Ele acreditava nela, na Susan corajosa que enfrentava qualquer desafio, a Susan que conhecera antes de ela ter perdido a visão.

Finalmente, Susan decidiu que estava pronta para experimentar a viagem sozinha. A manha de segunda-feira chegou e antes de partir, ela abraçou Mark, seu guia de ônibus, seu marido e melhor amigo. Seus olhos estavam molhados pela gratidão, paciência, lealdade e amor que ele lhe devotava. Ela disse tchau e pela primeira vez eles seguiram caminhos separados.

Segunda-feira, terça-feira, quarta-feira, quinta-feira...cada dia ela pegava o ônibus sozinha e sentia-se muito bem.

Na Sexta-feira pela manha, Susan pegou o ônibus como normalmente havia feito desde o inicio da semana. Enquanto estava pagando a passagem, o motorista disse-lhe,
- Eu realmente a invejo.

Susan não tinha certeza se o motorista havia falado com ela. Afinal de contas, quem em sã consciência teria inveja de uma mulher cega que durante o ultimo ano estivera lutando para encontrar coragem para viver?
Curiosa, perguntou ao motorista:
- Porque diz que me inveja?

O motorista respondeu-lhe
- Deve ser muito bom ser tão cuidada e protegida como você é.

Susan não tinha ideia sobre o que ele estava falando e perguntou
- O que o senhor quer dizer com isso?

O motorista respondeu-lhe:
- A senhora sabe, todas as manhãs dessa ultima semana, um bonito cavalheiro num uniforme militar tem lhe observado enquanto a senhora sai do ônibus. Ele se assegura de que a senhora atravessa a rua de forma segura e de que entra naquele prédio comercial. Então, ele lhe lança um beijo, faz um aceno discreto e vai embora. A senhora é uma pessoa abençoada.

Lagrimas de felicidade rolaram pelo rosto de Susan, pois ela não podia vê-lo mas ela sempre sentiu a presença de Mark. Ela era realmente uma pessoa abençoada, pois ele havia dado-lhe um presente muito mais poderoso que a visão, um presente que ela não precisava ver para acreditar - o presente do amor que pode trazer a luz a qualquer lugar onde haja escuridão.

Texto de J.Malthi

sexta-feira, 11 de abril de 2014

O desconhecido tatuado

Ele era assustador. Sentado na grama com seu cartaz de papelão, seu cão (realmente seu cão era adorável) e tatuagens por ambos os braços e pescoço. Seu cartaz anunciava que estava cansado e com fome e pedia ajuda.

Eu me sinto compelida a ajudar qualquer um que necessite. Meu marido, ao mesmo tempo, adora e odeia esta minha "qualidade". Isto, freqüentemente, o faz nervoso, e eu sabia que se me visse naquele momento, ele ficaria nervoso. Mas ele não estava comigo.

Eu arranquei vagarosamente a camionete e através do retrovisor, contemplei aquele homem, com tatuagem e tudo. Talvez quarenta anos... Usava uma daquelas bandanas amarrada sobre a cabeça, estilo pirata. Qualquer um poderia ver que ele estava sujo e tinha a barba bagunçada. Mas se você olhasse bem de perto, veria que suas coisas estavam bem organizadas em um pequeno pacote. Ninguém parava para ele. Eu via que os outros motoristas davam uma rápida olhada e já prestavam atenção em outra coisa - qualquer outra coisa.

Estava muito quente. Eu podia ver nos olhos do homem como deprimido e cansado se sentia. O suor escorrendo pelo rosto, enquanto eu estava com o ar condicionado ligado.

Eu peguei minha bolsa e tirei uma nota de dez dólares. Nick, meu filho mais velho, com doze anos, sabia exatamente o que eu estava querendo fazer.
- Posso levar para ele, mãe?
- Sim, mas tenha cuidado. Eu o adverti e lhe entreguei o dinheiro. Eu prestei atenção, pelo espelho, enquanto meu filho se aproximou do homem, e com um sorriso tímido, lhe entregou o dinheiro. Eu vi o homem, assustado, levantar-se, pegar o dinheiro e guardar no bolso de trás.
- Bem, - Pensei comigo mesma - pelo menos agora ele poderá comer alguma coisa.

Me senti satisfeita e orgulhosa de mim mesma. Eu tinha feito uma boa ação e agora eu poderia continuar meu dia.

Quando Nick voltou ao carro, olhou-me com tristeza, os olhos suplicantes,
- Mãe, o cachorrinho está com muito calor.

Eu sabia que tinha que fazer mais. E pedi à Nick,
- Volte e diga-lhe para ficar por ali, estaremos de volta em 15 minutos.

Nick saiu do carro e correu até o desconhecido tatuado. Eu pude notar como o homem estava surpreso. Mas concordou.

Corremos até o supermercado mais próximo. Compramos alguma comida; um saco de ração e uma vasilha para água para o cachorrinho; duas garrafas de água (uma para o cão, uma para o Sr. Tatuagem) e mais alguns biscoitos para o homem.

Voltamos rapidamente ao ponto onde o deixamos, e lá estava ele, esperando imóvel. E ninguém mais parava para ele. Com as mãos tremendo, eu agarrei os sacos e sai do carro, todas as minhas quatro crianças seguiram-me, cada uma carregando um "presente". Enquanto andávamos até ele, eu tive um pequeno receio: e se ele for perigoso?

Quando olhei em seus olhos vi algo que me assustou e me deixou envergonhada por meu julgamento. Eu vi lágrimas. Ele lutava, como um menino, para segurar as lágrimas.

Há quanto tempo ninguém mostra alguma bondade com este homem? Eu disse a ele que eu esperava que não estivesse muito pesado para ele carregar e mostrei o que tínhamos trazido. Ele parecia uma criança no Natal. Quando peguei a vasilha para água, ele a arrebatou de minhas mãos como se fosse ouro e me disse que não tinha como dar água a seu cão.

Meus olhos encheram-se de lágrimas quando ele disse
- Madame, eu nem sei o que dizer. Então colocou as mãos sobre a cabeça e começou a chorar. Este homem, este homem "assustador", era tão delicado, tão doce, tão humilde.

Eu sorri, me segurando e disse
- Simplesmente não diga nada.

Enquanto nos afastávamos, pude percebê-lo ajoelhado, os braços em torno de seu cão, beijando seu focinho e sorrindo.

Eu tenho tanto... Minhas preocupações agora me parecem tão tolas e insignificantes. Eu tenho um lar, um bom marido, quatro belas e sadias crianças. Eu tenho uma cama confortável. Eu gostaria de saber onde aquele homem dormiria à noite.

Minha filha, Brandie virou-se para mim e disse com a voz muito doce,
- Mãe, estou me sentindo tão bem...

Embora pareça que nós tenhamos ajudado, o homem com suas tatuagens é que nos deu um presente do qual jamais me esquecerei.

Ele ensinou que não importa a aparência, dentro de cada um de nós existe um ser humano merecedor de bondade, de compaixão, de aceitação.

A cada noite eu oro para o homem com as tatuagens e seu cão. E eu espero que, ao longo de minha vida, Deus envie mais pessoas como ele para me lembrar do que é realmente importante.

Texto de Susan Farr Fahncke

quinta-feira, 10 de abril de 2014

A semente e o fruto

A natureza sempre nos oferece grandes e belos ensinamentos,
basta que prestemos atenção nos mínimos detalhes.
É o caso, por exemplo, da semente e do fruto.
E, quando falamos em semente e fruto, logo nos vem à mente
a  germinação das sementes de trigo, milho, feijão entre outras.
Mas não são só essas sementes que nascem e frutificam.
As sementes do bem e do mal que espalhamos germinam  também
com toda certeza e precisão.
Há sementes de germinação rápida, como a da couve, por exemplo,
e há outras de germinação lenta, como a do carvalho.
Todas, porém, nascem, crescem e dão fruto em seu devido tempo.
O mesmo acontece com a sementeira do bem e do mal.
Algumas  sementes nascem de pronto, outras são de germinação tardia.
A terra não guarda nenhuma semente viva em seu seio: todas as
que ali são lançadas dali surgem com seus respectivos frutos.
Fenômeno semelhante ocorre no terreno espiritual: o bem ou o mal,
a  verdade ou a mentira, o amor ou o desamor, a justiça ou a
injustiça, uma vez semeadas, nascerão fatalmente e darão frutos
conforme suas respectivas espécies, uma árvore boa não dá frutos
maus e uma árvore má não pode dar bons frutos. E não se colhem
figos dos espinheiros, nem se apanham uvas dos abrolhos.
Tudo isso quer dizer que o que semeamos hoje, colheremos logo
mais, assim como a colheita de hoje resulta do plantio feito
no passado, que  pode ser próximo ou remoto.
É por essa razão que são necessárias várias existências para
plantar e colher, preparar o solo e semear novas sementes.
E essa lei de causa e efeito, ou de ação e reação, tem por
finalidade o  progresso intelectual e moral do homem.
Quando colhemos os frutos amargos das semeaduras infelizes,
aprendemos a selecionar melhor as sementes para os plantios
futuros, e é isso que deus espera de cada filho seu.
Portanto, pela semeadura de hoje podemos precisar como será
nossa  colheita futura.
Afinal, a semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória.
Tratemos, pois, de tomar os devidos cuidados com as sementes
que estamos lançando no solo nos dias atuais.


Baseado no livro "Em Torno do Mestre"

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Uma lição que ficou

Eu estava em pé, enquanto escutava as duras palavras de meu pai.

Ele tinha nos reunido em nosso quintal e tinha o olhar sério quando nos mostrou aquilo que um de nós fez de errado.
- Qual de você fez isto? Ele perguntou.

Todos nós olhamos para baixo, para o chão onde tinha uma arte de uma criança feita com letras em giz.

Eu estava, tremendo por dentro e torcendo para que ninguém percebesse. Será que ele sabe que fui eu? Eu queria saber. Mas, assustado, as únicas palavras que vieram à minha boca foram:
- Não fui eu, papai.

Os outros negaram também. Claro que nós sabíamos quem tinha feito. Mas eu, sendo o mais jovem e menor dos três, não tinha coragem para falar a verdade. Não que eu fosse uma criança ruim. Mentir não era normal para mim. Mas o olhar no rosto de meu pai fazia subir um frio por minha espinha e de alguma maneira eu não pude falar.

Ele tinha um jeito especial quando eu era criança que me deixava com medo dele. Mas eu o amei também por isto, porque me deu meus limites, meus limites do que eu podia e do que não podia fazer. Claro que eu queria agradá-lo. Talvez por isso é que eu segurei a verdade. Eu tinha medo de desagradar.

Sem dizer uma palavra, ele desapareceu durante alguns minutos e voltou com um pedaço de papel e um lápis. Ele estava determinado a encontrar o culpado!
- Eu quero que cada um de vocês escrevam exatamente o que vocês vêem no chão.

Eu não era uma criança estúpida e quando chegou a minha vez, eu escrevi deliberadamente com letras diferentes. Assim quando meu papai comparou a letra, ele ainda não podia saber qual de nós tinha feito aquilo.

Frustrado, ele estava em pé, um passo à nossa frente, olhando para suas três pequenas crianças.
- Eu vou lhes dar mais uma chance para confessar.

Ele continuou esperando por alguns instantes, mas para mim parecia uma eternidade. Não surpreendentemente, nem meu irmão e nem minha irmã falaram. Por que deveriam? Fui eu que fiz.
Eu deveria falar? Já seria muito tarde? Ele está furioso! Então, novamente, eu segurei a língua.

- Bem, se alguém tivesse falado quando perguntei, não haveria nenhum castigo.

Oh, não! Eu perdi minha chance! Mas agora também é tarde. Estúpido, estúpido, estúpido! Eu deveria ter confessado!

- Considerando que nenhum de vocês parece ter feito isto, então todos vocês ganham uma surra.

O que?! Eu fiquei parado lá e não disse nada. A última coisa que eu queria era uma surra!

- Eu fiz isto! Alguém disse e eu estava bem seguro de que não era eu.

Eu dei uma olhada para ver minha irmã avançar. Huh? Ela fez isto? Não, ela não fez porque eu fiz. Por que ela estava levando a culpa por algo que eu tinha feito? Me sentindo culpado, contudo ainda assustado, eu continuei parado, sabendo que minha irmã ia ser surrada por algo que eu fiz. E eu deixei isto acontecer. Eu não falei nada.

Nós não falamos mais sobre aquele dia. Não até que nós estivéssemos mais velhos e eu saber que estava seguro para finalmente falar para meu pai que realmente fui eu o autor da arte.

Por aquele tempo, eu entendi porque minha irmã apanhou no meu lugar. Ela tinha se tornado minha protetora, minha guardiã, minha melhor amiga. E preferiu sentir bastante dor do que me ver sofrer.

Hoje, brincamos sobre isto - todos nós, incluindo minha irmã. E como eu sempre me senti culpado, aquela foi a última vez que eu deixei qualquer um levar a culpa por mim.

Quando eu me lembro daquele dia, eu sei que aprendi o valor de família, de uma irmã que faria qualquer coisa por mim. E eu sei agora que faria o mesmo por ela.

Lynn Lombard

terça-feira, 8 de abril de 2014

De tudo ficaram três coisas

A certeza de que estamos sempre começando...
A certeza de que é preciso continuar...
A certeza de que seremos interrompidos
antes de terminar...

PORTANDO DEVEMOS:

Fazer  da  interrupção  um  caminho novo...
Da queda, um passo de dança...
Do medo, uma escada...
Do sonho, uma ponte...
Da procura, um encontro...

Quando as coisas não mudam ao nosso redor,
algo dentro de nós adormece, e dificilmente
volta a despertar.




Fernando Sabino

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Uma história de vida

Meu cunhado abriu a última gaveta  da cômoda e  retirou um
pacote embrulhado com papel de seda."Isto", ele disse, "não
é combinação. Isto é uma lingerie".

Ele desembrulhou  e entregou-me  a peça. Era linda, de seda,
feita à mão e bordada com rendas. A etiqueta de preço ainda
estava afixada na peça.

Disse ainda: "Jan comprou-a na primeira vez que estivemos
em New York, há uns 8 ou 9 anos atrás. Ela nunca usou. Ela
estava guardando-a  para uma  ocasião especial. Bem, acho
que agora é a ocasião".

Ele  pegou a  peça das  minhas mãos  e colocou-a  na cama
junto com as outras roupas que  separamos  para levar  à
funerária. Ele  acariciou a peça por um momento, bateu a
gaveta, virou-se para mim e disse: "Nunca guarde nada para
uma ocasião especial. Todo dia é uma ocasião especial".

Fiquei  relembrando  aquelas  palavras  durante  o  funeral
e os dias que se seguiram, quando os ajudei, ele e a minha
sobrinha, a superar a tristeza que segue uma morte inesperada.
 Fiquei pensando neles durante o vôo de volta para
a Califórnia.

Pensei  em todas  as coisas que a  minha irmã  não pode  ver,
ouvir  ou fazer. Pensei nas coisas que ela fez sem perceber
como elas foram  especiais. Ainda continuo pensando nas palavras
dele, elas mudaram a minha vida.

Estou lendo mais e espanando menos. Fico sentada na cadeira admirando
a vista do jardim sem a neura de ficar arrancando as ervas daninhas.

Estou gastando mais tempo com a minha família e amigos e menos
tempo em reuniões de comitês.

Sempre que possível,a vida deveria ser uma experiência a ser
saboreada, e não uma prova.

Estou tentando reconhecer esses momentos e usufruí-los. Não estou
"guardando" nada; usamos  todas as nossas porcelanas chinesas e os
cristais para todos os eventos especiais  como  perder  alguns
quilos, consertar um vazamento da pia, para a primeira florada das
camélias. Visto o meu "blazer" preferido para ir ao mercado quando
sinto vontade.

Minha teoria é: se sinto que está sobrando dinheiro, gasto $28,49
em um pequeno pacote de guloseimas sem pestanejar. Não estou guardando
o meu melhor perfume para festas especiais;  os caixas em lojas e
atendentes em bancos tem narizes que funcionam tão bem quanto os dos
meus amigos de festas.

"Algum dia" e "um dia desses" estão perdendo a importância no meu
vocabulário. Se for útil ver,ouvir e fazer,quero ver,ouvir e fazer agora.

Não  sei o que  a minha irmã  teria feito se soubesse que estaria aqui
para o amanhã a que a todos nós foi permitido. Acho  que ela teria
ligado para todos da família e alguns  amigos íntimos. Poderia  ter
ligado para antigos amigos para se desculpar e reparar brigas do passado
sem importância. Penso que ela teria ido jantar em um restaurante chinês,
sua comida preferida.

Estou supondo...nunca saberei...

São  essas pequenas  coisas  deixadas  sem fazer  que me  deixariam
brava se soubesse que  meu tempo  seria limitado.  Brava por ter,
algum dia, cancelado encontros com bons amigos. Brava por não ter
escrito cartas que pretendia ter escrito. Brava e  arrependida por
não ter dito mais freqüentemente ao meu marido e à minha filha o
quanto eu realmente os amo.

Estou  tentando  muito  não  adiar,  impedir  ou  guardar  alguma
coisa  que proporcione alegria e brilho às nossas vidas. E  toda
manhã, quando abro os olhos, digo a mim mesma que isso é especial.
Todo dia, todo minuto, tudo suspiro é realmente...
um presente dos céus.

Autora: Ann Well, do Los Angeles Times.

quinta-feira, 3 de abril de 2014

A sabedoria é o equilíbrio

Um paciente de 32 anos procurou um terapeuta para que ele pudesse ajudá-lo com o seu problema.

No dia marcado o paciente falou:
- Preciso de ajuda, não consigo parar de chupar o dedo.

O Terapeuta, com a tranqüilidade de quem sabe respondeu:
- Não ligue para isto, mas chupe um dedo diferente a cada dia da semana.

A partir deste momento, o paciente, toda vez que levava a mão a boca , era instintivamente obrigado a escolher o dedo que devia ser objeto de sua atenção naquele dia.

Antes que a semana terminasse ele já estava curado.

Com esta estorinha aprendemos que quando temos um hábito, torna-se difícil lidar com ele porque é uma rotina, um automatismo, mas, quando ele passa a nos exigir atitudes novas, decisões, escolhas, então temos consciência de que não vale tanto esforço para mantê-lo.

"A sabedoria é o equilíbrio do discernimento com o amor na manifestação da consciência"

Desconheço o autor

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Todo mundo tem um sonho

Alguns anos atrás eu assumi um serviço na assistência social da cidade. E o que eu queria fazer era mostrar que todos, se unidos e compartilhando obstáculos, têm a capacidade para se realizar. Selecionei um grupo de pessoas assistidas pelo serviço e as reunia em grupo, por três horas, todas as sextas-feiras.

A primeira coisa que eu disse ao grupo, depois de um aperto de mão com todos, foi:
- Eu gostaria de saber quais são os seus sonhos.

Todos me olharam como um grande excêntrico.

- Sonho? Nós não temos sonhos.

Uma mulher disse
- Como posso pensar em sonhos? Os ratos estão comendo as minhas crianças.

- Oh, eu disse. Isso é terrível. Não, claro que não, você está mesmo muito envolvida com os ratos e suas crianças. Como posso lhe ajudar?

- Bem, eu preciso de uma porta de tela porque há muitos buracos em minha porta.

Eu perguntei,
- Tem alguma pessoa aqui que sabe instalar uma porta de tela?

Havia um homem no grupo, e ele disse,
- A muito tempo atrás eu fiz alguns serviços desse tipo mas agora estou sem prática, mas eu poderia tentar.

- Vou lhe dar um pouco de dinheiro para que você compre o material necessário e conserte a porta desta senhora. Você acha que dá para fazer?

- Sim, eu vou tentar.

Na sexta-feira seguinte, quando o grupo estava reunido, eu perguntei à mulher,
- Bem sua porta foi consertada?

- Oh, sim. Ela disse.

- Então nós podemos começar a sonhar, não podemos?

Ela me lançou um sorriso.

E eu perguntei ao homem que fez o serviço,
- E você? Como se sente?

Ele disse,
- Bem, muito bem! Você sabe, é uma coisa muito engraçada. Foi terminar o serviço e eu comecei a me sentir muito melhor.

Isso ajudou o grupo a começar a sonhar. Este aparentemente pequeno sucesso permitiu ao grupo ver que os sonhos não eram insanos. Estes pequenos passos começaram a mostrar as pessoas que elas poderiam fazer acontecer.

Perguntei sobre os sonhos das outras pessoas. Uma mulher disse que gostaria de ter uma babá.
- Eu tenho seis crianças, e eu não tenho ninguém com quem deixa-las enquanto estou fora.

- Vamos ver! Eu disse. - Tem alguma pessoa neste grupo que pode tomar conta de seis crianças por um ou dois dias por semana enquanto esta mulher faz um treinamento aqui na faculdade da comunidade?

Uma outra mulher respondeu
- Eu tenho crianças também, mas eu posso fazer isso.

- Façamos isto, eu disse. Assim um plano foi criado e a mulher pode ir à escola.

Todo o mundo sabe alguma coisa. O homem que consertou a porta de tela se tornou um biscateiro. A mulher que alojou as crianças iniciou um trabalho de babá para todos que precisassem. Em 12 semanas eu pude ver todas estas pessoas fora do serviço de assistência social. E só com o fato de entenderem ser possível realizar. Basta crer e tentar.

Tradução de Sergio Barros
do texto de Virgínia Satir

terça-feira, 1 de abril de 2014

Lição oportuna

O Dr. Albertino Silvério era conhecido advogado. Homem de invejável cultura. Conhecimento profundo e variado. Em particular, achava-se autoridade em assuntos sócio-econômicos

Era contudo, refratário a qualquer tipo de assistência social. Não aceitava. Achava inútil.
- Não acredito em beneficência diminuta. Caridade gota a gota não resolve. Prefiro soluções radicais.
- Não é o que penso, Silvério. A caridade, mesmo pequenina, é sempre ajuda a alguém.

Quem respondia era o Doutor Fontes, abnegado amigo dos sofredores.

Silvério, no entanto, continuava:
- Um copo de leite, por acaso, banirá do mundo a fome? Um cobertor ou uma veste resolverá, por ventura, a angústia da nudez? Isso é assunto de governos e não serão alguns poucos bem intencionados que irão solucioná-lo.

A conversa prosseguia, quando passa um jovem anunciando o jornal da tarde.

Silvério chama-o. Deseja o jornal. Rebusca o bolso e só encontra dinheiro alto. Não há troco.

Nesse instante, porém, o doutor Fontes, tomando a quantia necessária e pagando o jornal, aproveitou a lição:
- Veja, Silvério, o que a própria vida nos mostra. Ninguém nega o bem inestimável, que os grandes recursos, governamentais ou não, carreiam. Obras imensas. Doações fartas. Entretanto, é preciso convir que há passagens estreitas, que apenas a ajuda humilde e pequena transpõe.

- Para a compra do jornal agora o dinheiro de alto valor de que você dispõe só seria útil, se fracionado em valores menores e múltiplos. Assim ocorre também na assistência social. O muito realiza muito de uma só vez, mas o pouco feito com persistência e amor pode ser, em ocasiões, a única solução disponível para grandes problemas.

Silvério compreendeu o ensinamento e mudo de espanto frente à lógica do amigo, iniciou, silenciosamente, a leitura das notícias.

Antônio Baduy Filho em "Histórias da Vida"

segunda-feira, 31 de março de 2014

Perdoa-te

Conta-se que um jovem caminhava pelas montanhas nevadas da velha Índia, absorvido em profundos questionamentos sobre o amor, sem poder solucionar suas ansiedades.

Ao longo do caminho, à sua frente, percebeu que vinha em sua direção um velho sábio.

E porque se demorasse em seus pensamentos sem encontrar uma resposta que lhe aquietasse a alma, resolveu pedir ao sábio que o ajudasse. Aproximou-se e falou com verdadeiro interesse:
- Senhor, desejo encontrar minha amada e construir com ela uma família com bases no verdadeiro amor. Todavia, sempre que me vem à mente uma jovem bela e graciosa e eu a olho com atenção, em meus pensamentos ela vai se transformando rapidamente. Seus cabelos tornam-se alvos como a neve, sua pele rósea e firme fica pálida e se enche de profundos vincos. Seu olhar vivaz perde o brilho e parece perder-se no infinito. Sua forma física se modifica acentuadamente e eu me apavoro. Desejo saber, meu sábio, como é que o amor poderá ser eterno, como falam os poetas?

Nesse mesmo instante aproxima-se de ambos uma jovem envolta em luto, trazendo no rosto expressões de profunda dor. Dirige-se ao sábio e lhe fala com voz embargada:
- Acabo de enterrar o corpo de meu pai que morreu antes de completar 50 anos. Sofro porque nunca poderei ver sua cabeça branca aureolada de conhecimentos. Seu rosto marcado pelas rugas da experiência, nem seu olhar amadurecido pelas lições da vida. Sofro porque não poderei mais ouvir suas histórias sábias nem contemplar seu sorriso de ternura. Não verei suas mãos enrugadas tomando as minhas com profundo afeto.

Nesse momento o sábio dirigiu-se ao jovem e lhe falou com serenidade:
- Você percebe agora as nuanças do amor sem ilusões, meu jovem? O amor verdadeiro é eterno porque não se apega ao corpo físico, mas se afeiçoa ao ser imortal que o habita temporariamente. É nesses sentimentos sem ilusões nem fantasias que reside o verdadeiro e eterno amor.

A lição do velho sábio é de grande valia para todos nós que buscamos as belezas da forma física sem observar as grandezas da alma imortal.
O sentimento que valoriza somente as aparências exteriores não é amor, é paixão ilusória.
O amor verdadeiro observa, além da roupagem física que se desgasta e morre, a alma que se aperfeiçoa e a deixa quando chega a hora, para prosseguir vivendo e amando, tanto quanto o permita o seu coração imortal.

Desconheço a autoria

domingo, 30 de março de 2014

O quarto dedo

Dois pastores ingleses estavam passando as férias de verão nas belíssimas montanhas do País de Gales. Caminhando pelos campos, encontraram um menino, pastor de ovelhas, que estava apascentando o seu rebanho. Pensando na metáfora da obra do pastor de ovelhas, provocaram uma conversa com o pastorzinho. Descobriram que ele nada sabia de Deus, de Bíblia, de Cristo, o bom pastor, nem de igreja. Esforçaram-se por ensinar o Salmo 23. Para facilitar a memorização, sugeriram associar cada um dos versículos com um dos dedos da mão direita.

Assim, ao dizer cada versículo, o menino seguraria, com os dedos da mão esquerda, os dedos correspondentes aos versículos.

Fim das férias, os pastores foram embora e rapidamente se esqueceram do episódio.

No verão seguinte, voltaram. Caminhando pela redondeza, um dia pararam na sede de uma fazenda para solicitarem um copo de água. Enquanto a atendente estava buscando a água, ficaram observando um retrato colocado sobre a lareira. Quando a senhora chegou com a água, um deles comentou que aquele jovem da foto se parecia com alguém que eles conheceram. A senhora disse ser isso impossível pois que aquele era seu filho, morto no último inverno em meio a uma tempestade de neve. Morrera procurando uma ovelha extraviada.

Um dos pastores se lembrou do encontro do verão anterior e o comentou com a mãe. Esta, manifestando interesse, comentou:
- Há uma coisa que talvez vocês possam me explicar então. Ao ser encontrado, vimos que o corpo dele havia caída num precipício e estava congelado. Mas os dedos de sua mão direita seguravam firmemente o quarto dedo de sua mão esquerda.

E vocês sabem qual é o versículo correspondente ao quarto dedo?

"Ainda que eu ande pelo vale da sombra e da morte, não temerei mal algum, porque tu estás comigo, e a tua vara e o teu cajado me consolam." Salmo 23.4

Deus nunca nos deixa, mesmo que as situações de nossa vida sejam desfavoráveis.
- Eu estou contigo, te tomo pela tua mão direita e te digo: Eu te ajudo.

Desconheço a autoria

sábado, 29 de março de 2014

Distribuir o troco

Minha rotina pela manhã inclui uma parada em uma loja de conveniências para comprar o jornal. Certa manhã, há pouco tempo, a conveniência da loja mostrou-se inconveniente para as pessoas presas na fila atrás de dois pequenos meninos. Quando cheguei ao caixa para pagar pelo jornal, notei os dois garotos em pé na frente da fila - uma fila que crescia à cada minuto. O jovem atrás do caixa estava claramente irritado com os meninos e disse para eles,
- Olhem, vocês precisam de mais dezenove centavos para pagar por este doce. Se vocês não têm, vocês não levam. E agora, o que vocês irão fazer?

Eu assisti, como os pequenos meninos pareciam embaralhar os pés sem articular uma palavra, apenas olhando fixamente para o caixa com olhos entristecidos. As pessoas esperando impacientemente na fila começaram a reclamar ruidosamente,
- Como é que é! A fila anda ou não anda?

De repente, me senti na obrigação de intervir.
- Eu tenho os dezenove centavos, - gritei de minha posição na fila - tome este dólar pelo meu jornal e use o troco para pagar pelo doce.

O jovem do caixa pareceu aliviado por ter o assunto resolvido. Entreguei o dólar, sorrindo ao jovem do caixa e parti. Enquanto fazia meu caminho até meu carro, uma pequena voz gritou para mim,
- Ei, Senhora! Aquilo foi legal!

Ele se foi. Eu suponho que tinha sido um "obrigado" e gostei de pensar que eu seria o assunto de suas conversas naquela manhã. Eu era a "senhora legal" que salvou o dia pagando pelo doce em um apressado e negligente mundo. Me fez sorrir imaginar que meu gesto clareou seu pequeno mundo, mesmo que só por um momento.

Quando cheguei a minha própria loja, eu me deleitava com minha boa ação e procurava compartilhar minha história com minhas clientes. Quando terminei de contar a história para um grupo de jovens, uma delas virou-se para mim e disse,
- Eu gosto de fazer pequenas coisas como esta, também. Quando eu paro para tomar meu café diário, eu deixo alguns centavos no chão do estacionamento ou na calçada. Algumas vezes eu fico em meu carro e observo para ver se alguém encontra minhas moedas. Sempre faz as pessoas sorrirem e faz meu dia mais alegre, também. Eu tenho feito isto há anos.

Eu não podia falar. Fazer alguém sorrir ao achar uns centavos no estacionamento. Talvez eu tenha sido uma das que receberam seu presente.

Ela admitiu timidamente que nunca tinha contado isto à ninguém.
- E eu aqui, alardeando minha "generosidade". Pensei comigo mesma.

Eu aprendi que devemos fazer nossas boas ações sem fanfarra e sem esperar reconhecimento. Humilhada, decidi não contar meu episódio matutino para mais ninguém. Ficaria apenas entre Deus e eu.

Naquela tarde, a caminho de casa, eu parei em um café para comprar donuts. Quando deixei a loja, notei uns brilhantes centavos na calçada. Em vez de curvar-me e apanhá-los, eu ajoelhei e coloquei mais uma moeda. Afinal, centavos são presentes de anjos e os anjos sempre sorriem quando nós dividimos nosso troco.


Michele Starkey

sexta-feira, 28 de março de 2014

O poder das pequenas coisas

O construtor de pontes, Charles Eliet, foi contratado para construir uma ponte suspensa sobre o rio Niagara.

O primeiro problema que ele enfrentou era descobrir uma forma para esticar o seu primeiro cabo através da larga extensão de águas. Se um barco tentasse cruzar o rio seria varrido sobre as quedas.

Eliet pensou em uma idéia muito simples. Se uma pipa pudesse voar até a margem oposta usando um leve cordão, um cordão mais forte poderia ser amarrado à este e poderia ser puxado para o outro lado, então um cordão mais forte seria puxado através deste e assim por diante até que o cabo de aço desejado pudesse ser unido e arrastado até o outro lado.

Eliet indicou uma competição de pipas e um jovem chamado Homan Walsh prosperou na sua segunda tentativa. O plano simples de Charles Eliet funcionou e a ponte foi construída.

Na nossa vida, muitas vezes nos sentimos como não tendo um papel muito importante à desempenhar. O que fazemos parece tão insignificante. Mas não é bem assim. Cada cristão tem uma parte importante no jogo da vida. O todo é uma soma das numerosas "pequenas coisas" que somos chamados a fazer todos os dias.

Jesus começou a espalhar o evangelho pelo mundo inteiro por simplesmente enviar seus discípulos de dois em dois! Então, nunca subestime a importância do que Deus lhe chamou a fazer. O importante é persistir - dia após dia!

E ao deitar-se à noite, agradeça:
"Querido Deus, agradeço-Lhe por usar pessoas comuns como eu para fazer o Seu trabalho nesta terra. Ajude-me a compreender que minha parte - não importa quão pequena - é uma parte vital do quadro inteiro. Ajude-me a ser responsável e nunca decepcionar ao fazer minha parte. Obrigado por me ouvir e responder minha oração. Que assim seja".

 Dick Innes

terça-feira, 25 de março de 2014

Desejo de Criar

Diotima: Qual é, Sócrates, na sua opinião, a causa deste amor, deste desejo? Você já observou em que estranha crise se encontram todos os animais, os que voam e os que marcham, quando são tomados pelo desejo de procriar? Como ficam doentes e possuídos de desejo, primeiro no momento de se ligarem, depois, quando se torna necessário alimentar os filhos? (... ) Tanto no caso dos humanos como no dos animais, a natureza mortal busca, na medida do possível, se perpetuar e imortalizar. Apenas desse modo, por meio da procriação, a natureza mortal é capaz da imortalidade, deixando sempre um jovem no lugar do velho.

[... ] Pois saiba, Sócrates, que o mesmo vale para a ambição dos homens. Você ficará assombrado com a sua misteriosa irracionalidade, a não ser que compreenda o que eu disse, e reflita sobre o que acontece com eles quando são tomados pela ambição e pelo desejo de glória eterna. É pela fama, mais ainda que pelos seus filhos, que eles se dispõem a encarar todos os riscos, suportar fadigas, esbanjar fortunas e até mesmo sacrificar as suas vidas.

[... ] Aqueles cujo instinto criador é físico recorrem de preferência às mulheres e revelam o seu amor dessa maneira, acreditando que pela geração de filhos se podem assegurar da imortalidade e de uma recordação perene de si. Mas existem alguns cujo instinto criador se aloja na alma e que desejam procriar não pelo corpo, mas espiritualmente, gerando filhos que são próprios da natureza da alma conceber e dar à luz. E o que é próprio da natureza da alma procriar? A sabedoria e as virtudes em geral, cujos progenitores são os poetas e os criadores fecundos.

Sócrates

domingo, 23 de março de 2014

Doze pratos

Um príncipe chinês, orgulhava-se de sua coleção de porcelana, de rara quão antiga procedência, constituída por doze pratos assinalados por grande beleza artística e decorativa.

Certo dia, o seu zelador, em momento infeliz, deixou que se quebrasse uma das peças. Tomando conhecimento do desastre e possuído pela fúria, o príncipe condenou à morte o dedicado servidor, que fora vítima de uma circunstância fortuita.

A notícia tomou conta do Império, e, as vésperas da execução do desafortunado servidor, apresentou-se um sábio bastante idoso, que se comprometeu a devolver a ordem a coleção. Emocionado, o príncipe reuniu sua corte e aceitou a oferenda do venerando ancião. Este solicitou que fossem colocados todos os pratos restantes sobre uma toalha de linho, bordada cuidadosamente, e os pedaços da preciosa porcelana fossem espalhados em volta do móvel. Atendido na sua solicitação, o sábio acercou-se da mesa e, num gesto inesperado, puxou a toalha com as porcelanas preciosas, atirando-as bruscamente sobre o piso de mármore e arrebentando-as todas. Ante o estupor que tomou conta do soberano e de sua corte, muito sereno, ele disse:

- Aí estão, senhor, todos iguais conforme prometi. Agora podeis mandar matar-me. Desde que essas porcelanas valem mais do que as vidas, e considerando-se que sou idoso e já vivi além do que deveria, sacrifico-me em benefício dos que irão morrer no futuro, quando cada uma dessas peças for quebrada. Assim, com a minha existência, pretendo salvar doze vidas, já que elas, diante desses objetos nada vale.

Passado o choque, o príncipe, comovido, libertou o velho e o servo, compreendendo que nada há mais precioso do que a vida em si mesma.


Joanna de Ângelis / Divaldo Franco

sábado, 22 de março de 2014

O camundongo

Diz uma antiga fábula que um camundongo vivia angustiado com medo do gato.

Um mágico teve pena dele e o transformou em gato.

Mas aí ele ficou com medo de cão, por isso o mágico o transformou em pantera.

Então ele começou a temer os caçadores.

A essa altura o mágico desistiu.

Transformou-o em camundongo novamente e disse:
- Nada que eu faça por você vai ajuda-lo, porque você tem apenas a coragem de um camundongo.

É preciso coragem para romper com o projeto que nos é imposto.
Mas saiba que coragem não é a ausência do medo, é sim a capacidade de avançar, apesar do medo.

Desconheço a autoria

sexta-feira, 21 de março de 2014

A quem deve o homem seguir ?

Inclinado sobre a terra viu o Senhor que os vizinhos de uma aldeia iam em fila como apressadas formiguinhas até o Templo. Desceu e foi colocar-se à frente de todos e falou:
- Parados! Nem todos me encontrareis aonde vais buscar-me.

- Senhor! Exclamou um aldeão. - Não entendo isso. Vamos à Tua casa.

- Não entendes, porque teus pobres não podem explicar; mas sofrem por causa da fome e sede, e junto a eles te aguardo.

- Também o dizes por mim? Perguntou uma mulher.

- Também por ti, que cada hora inventas um pretexto para abandonar o teu pequenino filho. É nele que me encontrarás.

- Verdade é. - Observou um homem: - Melhor seria em não privá-lo da ternura maternal.

- E melhor farias tu. - Disse o Senhor: - Se aprendesses a amar-me mostrando gratidão para com os teus pais velhinhos.

Ao escutá-lo, muitas daquelas formiguinhas se voltaram, decididos a cumprir seu dever e falaram ao Senhor, em sua própria casa e sentiram repletos de doçura o coração.

Autor não mencionado

quinta-feira, 20 de março de 2014

Tem anjos em minha cidade

Acordei uma manhã com seis bebês famintos e 75 centavos em meu bolso. O pai das crianças havia nos deixado. A idade dos meninos variava entre três meses e sete anos; a irmã deles tinha dois anos.

O pai deles nunca tinha sido mais que uma temerosa presença. Sempre que eles ouviam os pneus mastigarem o pedregulho da calçada corriam a se esconder debaixo das camas. Ele nos deixava 15 dólares por semana para comprar mantimentos. Agora que ele tinha decidido partir, não haveria mais surras, mas também nenhuma comida. Se havia uma previdência social em Indiana naquele momento, eu não sabia.

Coloquei as crianças no meu Chevy 51, velho e enferrujado e sai à procura de um trabalho. Nó sete passamos por todas as fábricas, lojas e restaurantes de nossa pequena cidade. Nenhuma sorte. As crianças ficavam no carro enquanto eu tentava convencer alguém de que estava disposta a fazer qualquer coisa. Eu tinha que ter um trabalho.

O último lugar que procuramos, já a algumas milhas fora da cidade, era um antigo drive-in agora transformado em uma parada de caminhoneiros, chamado Big Wheel. Uma velha senhora, chamada por todos como a Vovó, era dona do lugar e ela olhou para fora da janela e pode ver todas as crianças. Ela precisava de alguém para o turno da noite, de 11 da noite até sete da manhã. Ela pagaria 65 centavos por hora e eu poderia começar naquela noite.

Eu corri pra casa e consegui que uma adolescente da rua ficasse como baby-sitter. Eu pechinchei com ela para vir e dormir em meu sofá por um dólar a noite. Ela poderia chegar com o pijama dela e as crianças já estariam dormindo. Isto pareceu bom para ela, e assim fizemos um trato.
Naquela noite, os pequenos e eu ajoelhamos para fazer nossas orações quando todos nós agradecemos à Deus por achar um trabalho pra Mamãe. E assim eu comecei no Big Wheel.

Com o passar das semanas, novas contas aumentavam a tensão sobre meu escasso salário. Os pneus do velho Chevy estavam terríveis e eu tinha problema com eles quase todos os dias.
Uma manhã eu me arrastei até o carro para ir pra casa e achei quatro pneus no assento traseiro. Pneus novos! Não havia nenhuma nota, nenhum recado, nada, só os pneus.
Anjos teriam feito residência em minha cidade?

Eu estava trabalhando seis horas por noite em vez de cinco e ainda não era o bastante. O Natal se aproximava e eu sabia que não haveria dinheiro para brinquedos e nem para as roupas que as crianças tanto precisavam. Eu achei uma lata de tinta vermelha e consertei e pintei alguns brinquedos velhos. Então eu os escondi no porão assim haveria algo para entregar no Natal. As roupas eu remendava.

Véspera de Natal, os clientes habituais estavam bebendo no Big Wheel. Os caminhoneiros de sempre, um policial e alguns músicos. Quando chegou minha hora de ir, me apressei até o carro. Eu queria chegar em casa antes que as crianças acordassem, pegar os presentes no porão e os colocar debaixo da nossa árvore.
Ainda estava escuro e eu não pude ver muito bem, mas parecia ter algumas sombras escuras dentro do carro - ou aquilo era um truque da noite? Algo certamente estava diferente.
Quando alcancei o carro olhei em um das janelas laterais. Meu velho Chevy estava cheio até o topo com caixas de todas as formas e tamanhos. Entrei no carro e abri a caixa que estava por cima. Estava cheia de pequenas calças jeans azuis! Eu olhei outra caixa: estava cheia de camisas. Então eu olhei outras caixas: havia doces e mantimentos. Um presunto enorme por assar e legumes enlatados e batatas. Pudim e gelatina. Biscoitos e tortas. Havia um sacola cheia de material para lavar roupas e artigos de limpeza. E havia cinco caminhões de brinquedo e uma pequena e bonita boneca.
Enquanto eu dirigi por ruas vazias, o sol lentamente subiu no Dia de Natal mais surpreendente de minha vida, e eu chorava de gratidão.
E eu nunca esquecerei da alegria nas faces de meus pequenos naquela manhã preciosa.

Sim, havia anjos em minha cidade.

E todos eles passavam pela parada de caminhão Big Wheel.

Tradução de SergioBarros
Desconheço o autor

quarta-feira, 19 de março de 2014

Três fios de pêlo branco


Na residência de um certo orador sacro de grande prestígio e renome, apareceu numa tardinha de domingo um gracioso cachorrinho preto. A turminha miúda da casa fez amizade imediata com o animal fujão. Notaram logo que na cauda do cachorro destacavam-se três fios de pêlo bem branquinho. tornando-o assim diferente de tantos outros cachorrinhos da mesma cor e tamanho que havia por ali.

Logo na semana que se seguiu, um anúncio no jornal da cidade chamou a atenção daquele orador. Lia se o seguinte: "Quem souber do paradeiro de um cãozinho preto, pequeno..." E, entre outras características mencionadas no anúncio, acrescentaram: "possui três fios de pêlo branco na cauda. Favor comunicar-se com o dono no endereço..." O recado era bem completo e não deixava a menor dúvida.

Relatando alguns anos mais tarde esse acontecimento, o grande e notável orador expressou com visível pesar: "Na presença dos meus filhos, cuja personalidade estava se formando em cada um, eu separei aqueles três fios de pêlo branco dos demais e com uma pinça os arranquei fora. A obra do engano e da desonestidade parecia perfeita. Nada seria notado. O dono do animal, no entanto, soube do paradeiro do cachorrinho em nossa casa e veio procurá-lo. Pertencia às suas crianças e elas o estimavam muito. Realmente, ele conservava a grande maioria das identificações descritas e, portanto, tinha quase tudo para ser reconhecido de imediato; assim, o dono já ia levá-lo, quando lhe chamei a atenção:

- Meu senhor, na publicação que fez no jornal estava destacado em negrito o fato de que seu animal possuía três fios de pêlo branco na cauda, não é verdade?

Diante do meu lembrete, o dono em vão tentou encontrá-los e, não os achando, foi obrigado a deixar o cão que reconhecia ser o seu.

Esse orador, torturado pelo remorso tardio, afirmou, concluindo a narração: "Nós ficamos com o cãozinho, mas eu perdi os meus filhos para mim e para Deus. Eles não confiavam mais naquilo que eu ensinava em meus sermões ou lhes dizia particularmente. Tudo isso porque na sua presença não pratiquei aquilo que afirmava estar estruturada a minha fé, isto é a verdade e a honestidade".

Autor desconhecido

terça-feira, 18 de março de 2014

Cordas - Ative as legendas!


Cordas (Cuerdas), é um curta- metragem espanhol, ganhou o Goya em 2014. O filme foi inspirado nos filhos do seu criador, Pedro Solís, que tem uma filha apaixonada pelo irmão com paralisia cerebral.

segunda-feira, 17 de março de 2014

A visão do velho monge

Um velho monge rezou muitos anos para que pudesse ter uma visão de Deus e fortalecer a sua fé, mas a visão nunca veio. Ele quase perdeu a esperança quando, um dia, uma visão apareceu. O velho monge estava jubiloso. Mas então, no meio da visão, tocou o sino do mosteiro.

O badalar do sino indicava que era hora de alimentar os pobres que se juntavam diariamente no portão de mosteiro. E era o velho monge quem tinha a tarefa de os alimentar. Se ele não aparecesse com comida, os pobres partiriam, pensando que o mosteiro não tinha nada para lhes dar naquele dia.

O velho monge estava dividido entre o seu dever terrestre e a sua tão esperada visão divina.
Porém, antes do sino deixar de soar, o monge tinha tomado a decisão. Com o coração pesado, ele deixou a visão para trás e foi alimentar o povo.

Quase uma hora depois, o velho monge voltou ao seu quarto. Quando abriu a porta, quase não acreditava em seus próprios olhos. Lá no quarto estava a visão, esperando por ele. O monge deixou-se cair de joelhos em ação de graças e a visão lhe disse:
- Meu filho, se não tivesse ido alimentar aos pobres, eu não teria ficado. Porque a melhor maneira de servir a Deus é estender as mãos em serviço para nossos irmãos e irmãs, especialmente, aqueles menos afortunados do que nós.

Tradução de SergioBarros
do texto de Lawrence Le Shan

domingo, 16 de março de 2014

Fora de moda

Se não estivesse tão fora de moda... iria falar de Amor.  Daquele amor sincero, olhos nos olhos, frio no coração, aquela dorzinha gostosa de ter muito medo de perder tudo...
Daqueles momentos que só quem já amou um dia conhece bem...
Daquela vontade de repartir, de conquistar todas as coisas, mas não para retê-las no egoísmo material da posse, mas para doá-las no sentimento nobre de amar.
Se não estivesse tão fora de moda...
Eu iria falar de Sinceridade.
Sabe, aquele negócio antigo de Fidelidade... Respeito mútuo... e aquelas outras coisas que deixaram de ter valor?
Aquela sensação que embriaga mais que a bebida; que é ter, numa pessoa só, a soma de tudo que às vezes procuramos em muitas...
A admiração pelas virtudes e a aceitação dos defeitos, mas, sobretudo, o respeito pela individualidade, que até julgamos nos pertencer, mas que cada um tem o direito de possuir...
Se não estivesse tão fora de moda...
Eu iria falar em Amizade.
Na amizade que deve existir entre duas pessoas que se querem bem...
O apoio, o interesse, a solidariedade de um pelas coisas do outro e vice-versa. A união além dos sentimentos, a dedicação de compreender para depois gostar...
Se não estivesse tão fora de moda...
Eu iria falar em Família. Sim...Família!
Essa instituição que ultimamente vive a beira da falência, sofrendo contínuas e violentas agressões. Pai, Mãe, Irmãos, Irmãs, Filhos, Lar...
Aquele bem maior de ter uma comunidade unida, pelos laços sanguíneos e protegidas pelas bençãos divinas. Um canto de paz no mundo, o aconchego da morada, a fonte de descanso e a renovação das energias...
E depois, eu iria até, quem sabe, falar sobre algo como... a Felicidade.
Mas é uma pena que a felicidade, como tudo mais, há muito tempo já esteja tão fora de moda e tenha dado seu lugar aos modismos da civilização...
Ainda assim, gostaria que a sua vida fosse repleta dessas questões tão fora de moda e que, sem dúvida, fazem a diferença!
Afinal, que mal faz ser um pouquinho "careta...

(Autor desconhecido)

sábado, 15 de março de 2014

O Inimigo de Melhor Combate

Não brigue com quem está acima de você. A derrota é mais certa. Respeite então, a superioridade alheia, um dia ele pode lhe estender a mão.

Não brigue com quem estiver muito abaixo de você. Não acrescentará nada de novo e ainda perderás na imagem, pois covarde parecerá. Melhor é orientar e ajudar aquele que tenta crescer como seu inimigo, um dia ele pode ser seu aliado.

Não brigue com ninguém de seu nível, pois o duelo é de longo tempo e desgastante, melhor é ceder a vantagem e ficar com seu objetivo, porque na primeira briga que ele se deter, deixará espaço e tempo suficiente para que você siga seu caminho e tome a dianteira sem nenhum conflito.

Mas se quer brigar com alguém, brigue com você mesmo, porque toda vez que você se superar, estará se distanciando dos possíveis inimigos de níveis menores, estará ganhando daqueles que estiverem em seu nível e ficará mais perto dos que estiverem mais acima, demonstrando a todos que você não olha para eles como inimigos.

De Odylanor Havlis

sexta-feira, 14 de março de 2014

Plantando árvores

Tempos atrás, eu era vizinho de um médico, cujo "hobby" era plantar árvores no enorme quintal de sua casa. Às vezes, observava da minha janela o seu esforço para plantar árvores e mais árvores, todos os dias.
O que mais chamava a atenção, entretanto, era o fato de que ele jamais regava as mudas que plantava.
Passei a notar, depois de algum tempo, que suas árvores estavam demorando muito para crescer. Certo dia, resolvi então aproximar-me do médico e   perguntei se ele não tinha receio de que as árvores não crescessem, pois percebia que ele nunca as regava. Foi quando, com um ar orgulhoso, ele me descreveu sua fantástica teoria.
Disse-me que, se regasse suas plantas, as raízes se acomodariam na superfície e ficariam sempre esperando pela água mais fácil, vinda de cima.
Como ele não as regava, as árvores demorariam mais para crescer, mas suas raízes tenderiam a migrar para o fundo, em busca da água e das várias fontes nutrientes encontradas nas camadas mais inferiores do solo.
Assim, segundo ele, as árvores teriam raízes profundas e seriam mais resistentes às intempéries.

Disse-me ainda, que freqüentemente dava uma palmadinha  nas suas árvores, com um jornal enrolado, e que fazia isso para que se mantivessem sempre acordadas e atentas.
Essa foi a única conversa que tive com aquele meu vizinho. Logo depois, fui morar em outro país, e nunca mais o encontrei.
Vários anos depois, ao retornar do exterior fui dar uma olhada na minha antiga residência.
Ao aproximar-me, notei um bosque que não havia antes. Meu antigo vizinho havia realizado seu sonho!
O curioso é que aquele era um dia de um vento muito forte e gelado, em que as árvores da rua estavam arqueadas, como se não estivessem resistindo ao rigor do inverno. Entretanto, ao aproximar-me do quintal do médico, notei como estavam sólidas as suas árvores: praticamente não se moviam, resistindo implacavelmente àquela ventania toda.
Que efeito curioso, pensei eu... As adversidades pela qual aquelas árvores tinham passado, levando palmadelas e tendo sido privadas de água, pareciam tê-las beneficiado de um modo que o conforto o tratamento mais fácil jamais conseguiriam.

Todas as noites, antes de ir me deitar, dou sempre uma olhada em meus filhos.
Debruço-me sobre suas camas e observo como têm crescido.
Freqüentemente, oro por eles.
Na maioria das vezes, peço para que suas vidas sejam fáceis:
"Meu Deus, livre meus filhos de todas as dificuldades e agressões desse mundo"...
Tenho pensado, entretanto, que é hora de alterar minhas orações.
Essa mudança tem a ver com o fato de que é inevitável que os vento gelados e fortes nos atinjam e aos nossos filhos. Sei que eles encontrarão inúmeros problemas e que, portanto, minhas orações para que as dificuldades não ocorram, têm sido ingênuas demais.
Sempre haverá uma tempestade, ocorrendo em algum lugar. Portanto, pretendo mudar minhas orações. Farei isso porque, quer nós queiramos ou não, a vida não é muito fácil. Ao contrário do que tenho feito, passarei a orar para que meus filhos cresçam com raízes profundas, de tal forma que possam retirar energia das melhores fontes, das mais divinas, que se encontram nos locais mais remotos.
Oramos demais para termos facilidades, mas na verdade o que precisamos fazer é pedir para desenvolver raízes fortes e profundas, de tal modo que quando as tempestades chegarem e os ventos gelados soprarem, resistiremos bravamente, ao invés de sermos subjugados e varridos para longe.

"Que suas raízes sejam fortes o suficiente para fazê-lo forte, perseverante, destemido, vencedor e trazer-lhe a tão sonhada felicidade!
Aredite nela, e sobretudo, acredite em você".
Autor desconhecido

quinta-feira, 13 de março de 2014

O Que Eu Posso

Eu lhe dei a vida ,
mas não posso vivê-la por você .

Eu posso mostrar-lhe caminhos ,
mas não posso estar neles para liderar você .

Eu posso levá-lo à igreja
mas não posso fazer com que tenha fé .

Eu posso mostrar-lhe a diferença entre o certo e o errado,
mas não posso sempre decidir por você .

Eu posso lhe comprar roupas bonitas,
mas não posso fazê-lo bonito por dentro .

Eu posso lhe dar conselho ,
mas não posso segui-lo por você .

Eu posso lhe dar amor ,
mas não posso impô-lo a você .

Eu posso ensiná-lo a compartilhar,
mas não posso fazê-lo generoso .

Eu posso ensinar-lhe o respeito ,
mas não posso forçá-lo a ser respeitoso .

Eu posso aconselhá-lo sobre amigos,
mas não posso escolhê-los por você .

Eu posso alertá-lo sobre sexo seguro,
mas não posso mantê-lo puro .

Eu posso informá-lo sobre álcool e drogas ,
mas não posso dizer "NÃO" por você .

Eu posso falar-lhe sobre o sucesso,
mas não posso alcançá-lo por você .

Eu posso ensiná-lo sobre a gentileza ,
mas não posso forçá-lo a ser gentil .

Eu posso orar por você,
mas não posso impor-lhe Deus .

Eu posso falar-lhe da vida,
mas não posso dar-lhe vida eterna .

Eu posso dar-lhe amor incondicional por toda a minha existência .
... e isso eu farei ....

Silvia Scmidt

*Humancat*
Versão livre de "What I can"
de Nelly Paul Armstrong
©1999

quarta-feira, 12 de março de 2014

Sementes de Reflexão

Quando parecia que nada iria acontecer, uma novidade aparece.
E o mundo se transforma.

Este é o momento propício para você aprender que sempre
 é possível ir além do que pensaria poder.

Saber recomeçar na vida é tão importante como saber viver.

Não desanime! Se você transportar um punhado
de terra todos os dias, logo terás uma montanha.

Não desanime se errou, erga-se e recomece,
talvez chegue ao fim da luta cheio de cicatrizes,
mas estas se transformarão em luzes.

Seja corajoso. Reaja com firmeza porque
 o auxílio lhe chegará na hora oportuna.

Você nunca será um velho enquanto tiver um ideal.

A rotina cansa e corrói a alma, desalenta e carcome o entusiasmo.
 Renove cada manhã seu armazenamento de alegria de viver.

Preste atenção ao que está fazendo;
o ontem já lhe fugiu das mãos, o amanhã não chegou.

Você já parou para pensar quanto tempo a gente
 perde por não ter tempo de pensar ?

Não perca tempo em olhar para trás para ver o que já fez.

Olhe para frente e caminhe confiante e
alegre e veja que tem muito por fazer.

Autor desconhecido

terça-feira, 11 de março de 2014

Desejo a você

AMOR
SAÚDE
DINHEIRO
SENSIBILIDADE
Para não ficar indiferente diante das belezas da vida.

CORAGEM
Para colocar a timidez de lado e poder realizar o que tem vontade..




SOLIDARIEDADE
Para não ficar neutro diante do sofrimento da humanidade.

BONDADE
Para não desviar os olhos de quem te pede uma ajuda.

TRANQUILIDADE
Para quando chegar ao fim do dia, poder deitar e dormir o sono dos anjos.

ALEGRIA
Para você distribuí-lá, colocando um sorriso no rosto de alguém.

HUMILDADE
Para você reconhecer aquilo que você não é.

AMOR PRÓPRIO
Para você perceber suas qualidades e gostar do que vê por dentro.


Para te guiar, te sustentar e te manter de pé.

SINCERIDADE
Para você ser verdadeiro, gostar de você mesmo e viver melhor.

FELICIDADE
Para você descobri-lá dentro de você e doa-lá a quem precisar.

ESPERANÇA
Para fazer você acreditar na vida e se sentir uma eterna criança.

SABEDORIA
Para entender que só o Bem existe, o resto é ilusão..

QUE DEUS ESTEJA SEMPRE PRESENTE EM SUA VIDA E EM SEU CORAÇÃO, ILUMINANDO  TEUS PASSOS !!!!!!!!!!!!!!!!!

 QUE VOCÊ POSSA RETRIBUIR DE GRAÇA O QUE DE GRAÇA RECEBER!!!!

segunda-feira, 10 de março de 2014

É Proibido

É proibido chorar sem aprender,
Levantar-se um dia sem saber o que fazer
Ter medo de suas lembranças.

É proibido não rir dos problemas
Não lutar pelo que se quer,
Abandonar tudo por medo,

Não transformar sonhos em realidade.
É proibido não demonstrar amor
Fazer com que alguém pague por tuas dúvidas e mau-humor.
É proibido deixar os amigos

Não tentar compreender o que viveram juntos
Chamá-los somente quando necessita deles.
É proibido não ser você mesmo diante das pessoas,
Fingir que elas não te importam,

Ser gentil só para que se lembrem de você,
Esquecer aqueles que gostam de você.
É proibido não fazer as coisas por si mesmo,
Não crer em Deus e fazer seu destino,

Ter medo da vida e de seus compromissos,
Não viver cada dia como se fosse um último suspiro.
É proibido sentir saudades de alguém sem se alegrar,

Esquecer seus olhos, seu sorriso, só porque seus caminhos se
desencontraram,
Esquecer seu passado e pagá-lo com seu presente.
É proibido não tentar compreender as pessoas,
Pensar que as vidas deles valem mais que a sua,

Não saber que cada um tem seu caminho e sua sorte.
É proibido não criar sua história,
Deixar de dar graças a Deus por sua vida,

Não ter um momento para quem necessita de você,
Não compreender que o que a vida te dá, também te tira.
É proibido não buscar a felicidade,

Não viver sua vida com uma atitude positiva,
Não pensar que podemos ser melhores,
Não sentir que sem você este mundo não seria igual.

Vento..., Leve, O Amor, Ao Meu Amigo...!!!Te Amo...!!!

Pablo Neruda

domingo, 9 de março de 2014

Tua caminhada ainda não terminou....

Tua caminhada ainda não terminou....
A realidade te acolhe
dizendo que pela frente
o horizonte da vida necessita
de tuas palavras
e do teu silêncio.

Se amanhã sentires saudades,
lembra-te da fantasia e
sonha com tua próxima vitória.
Vitória que todas as armas do mundo
jamais conseguirão obter,
porque é uma vitória que surge da paz
e não do ressentimento.

É certo que irás encontrar situações
tempestuosas novamente,
mas haverá de ver sempre
o lado bom da chuva que cai
e não a faceta do raio que destrói.

Tu és jovem.
Atender a quem te chama é belo,
lutar por quem te rejeita
é quase chegar a perfeição.
A juventude precisa de sonhos
e se nutrir de lembranças,
assim como o leito dos rios
precisa da água que rola
e o coração necessita de afeto.

Não faças do amanhã
o sinônimo de nunca,
nem o ontem te seja o mesmo
que nunca mais.
Teus passos ficaram.
Olhes para trás...
mas vá em frente
pois há muitos que precisam
que chegues para poderem seguir-te.

Charles Chaplin

sábado, 8 de março de 2014

Viver com equilíbrio...

“Imagine a vida como um jogo, no qual você faz malabarismo com cinco bolas que lança ao ar. Essas bolas são: o trabalho, a família, a saúde, os amigos e o espírito.

O trabalho é uma bola de borracha. Se cair, bate no chão e pula para cima. Mas as quatro outras são de vidro. Se caírem no chão, quebrarão e ficarão permanentemente danificadas. Entenda isso e busque o equilíbrio na vida. Como?

Não diminua seu próprio valor, comparando-se com outras pessoas. Somos todos diferentes. Cada um de nós é um ser especial. Não fixe seus objetivos com base no que os outros acham importante. Só você está em condições de escolher o que é melhor para si.

Dê valor e respeite as coisas mais queridas de seu coração. Apegue-se a elas como a própria vida. Sem elas a vida perde o sentido. Não deixe que a vida escorra entre os dedos por viver no passado ou no futuro. Se viver um dia de cada vez, viverá todos os dias de sua vida.

Não desista quando ainda for capaz de mais um esforço. Nada termina até o momento em que se deixa de tentar. Não tema admitir que não é perfeito.

Não tema enfrentar riscos, é correndo riscos que aprenderá a ser valente.

Não exclua o amor de sua vida dizendo que não o encontrará. A melhor forma de receber amor é dá-lo. A forma mais rápida de ficar sem amor é apegar-se demasiado a si próprio. A melhor forma de manter o amor é dar-lhe asas.

Não corra tanto pela vida a ponto de esquecer onde esteve e para onde vai.

Não tenha medo de aprender. O conhecimento é leve, é um tesouro que se carrega facilmente.

Não use imprudentemente o tempo ou as palavras. Não se pode recuperar.

A vida não é uma corrida, mas sim uma viagem que deve ser desfrutada a cada passo."

Desconheço a autoria.

sexta-feira, 7 de março de 2014

Carta de Seht do filme Cidade dos anjos...

" Sou feito de sentimentos, emoções, de luz, de amor. Sou a voz que você ouve quando pede um conselho, sou quem te toma nos braços quando necessita, talvez, agora, enquanto lê essas palavras, eu esteja aí, ao seu lado, olhando dentro dos seus olhos como quem quisesse enxergar o que teu coração demonstra,mais tarde... à noite, quando você se deita... sou quem nina seus sonhos sentado ao seu lado esperando você dormir... dizendo que tudo vai ficar bem.
Se ao menos você pudesse me perceber, se notasse o que sinto ao seu lado... basta você querer, basta por alguns instantes esquecer seus problemas, fechar os olhos, como se nada mais existisse, me deixe chegar perto de ti... te abraçando... sinta meu coração batendo ao compasso do teu... sinta que não está sozinha, nunca esteve! Apenas esqueceste de olhar mais com os olhos do teu coração... então abra os olhos... veja os meus... me conheça.
Quem sou eu pra pedir para que me note? Apenas um anjo que se deixa levar por suas emoções, que desconhece o que é errado... se entrega, se rende... vagando por estrelas, nuvens, pelo céu escuro da noite... olhando pelos outros, despertando amores, anseios, paz nas almas que fraquejam, sentado ali de cima olhando você... te observando... deixando, às vezes, uma lágrima cair e se fazer uma gota de sereno que te toca os lábios... lágrima essa por não poder nada mais que apenas te ver... sentir sem poder tocar.
Manifestando através de pequenas coisas, como um sorriso sincero nos lábios de alguém que você não conhece, o toque de uma criança a te fazer carinho, palavras escritas nas páginas de um livro que te chamam atenção, palavras que mexem e emocionam o coração ditas do nada, como um sussurro em seu ouvido... e se um dia uma brisa leve e suave tocar seu rosto, não tenha medo, é apenas minha saudade que te beija em silêncio.
Os humanos têm um hábito muito peculiar de julgar seus semelhantes por sua aparência, de rotular pessoas as quais nunca viram... apenas pelo modo como ela se apresenta... porém, consigo ver dentro de cada um o que realmente são... e me assusto algumas vezes em como podem os humanos deixar-se levarem por embalagens, por invólucros... deixam de terem muitas vezes ao seu lado verdadeiros tesouros, amizade sincera, lealdade, companheirismo... simplesmente por não terem gostado do rosto do indivíduo. Imagine uma roseira cheia de espinhos, ninguém acreditaria que dela pudesse brotar uma rosa tão bela, sensível e delicada.
É do interior que nascem as flores. Pude conhecer seu interior... me deparei com uma flor linda... e com muitas qualidades. Se preserve assim... muitas vezes é melhor sermos o que realmente somos... a viver como as pessoas acham que deveríamos ser... Não existe ninguém melhor, ou pior que ninguém... apenas diferentes umas das outras e essas diferenças são que mostram quem realmente você é. Fico assim... dizendo as coisas que me aparecem dentro do peito, contando o que se passa em mim, como se estivesse desabafando... pois Deus nos fez para cuidar dos outros... e quem cuidará de nós?
Continuarei aqui... meio que escondido, ao teu lado, te olhando, te sentindo... esperando para que um dia você deixe seu coração "olhar" e me ver... daí, enfim, poderia eu mostrar o quanto você é especial pra mim. Um poema deixado no ar, palavras implorando para viver como uma estrela que o dia não vê e que espera a noite chegar para poder mostrar-se, a canção de amor que sai da sua boca... são as coisas que sempre sussurro ao seu coração, tento traduzir emoções que nunca senti antes, algo realmente novo pra mim, paz, atração, paixão, amor, algo especial... sincero... verdadeiro."

quinta-feira, 6 de março de 2014

Aprendi e decidi...

E assim, depois de muito esperar, num dia como outro qualquer, decidi triunfar...
Decidi não esperar as oportunidades e sim, eu mesmo buscá-las.
Decidi ver cada problema como uma oportunidade de encontrar uma solução.
Decidi ver cada deserto como uma possibilidade de encontrar um oásis.
Decidi ver cada noite como um mistério a resolver.
Decidi ver cada dia como uma nova oportunidade de ser feliz.
Naquele dia descobri que meu único rival não era mais que minhas próprias limitações e que enfrenta-las era a única e melhor forma de as superar.
Naquele dia, descobri que eu não era o melhor e que talvez eu nunca tenha sido.
Deixei de me importar com quem ganha ou perde, agora, me importa simplesmente saber melhor o que fazer.
Aprendi que o difícil não e chegar lá em cima, e sim deixar de subir.
Aprendi que o melhor triunfo que posso ter, é ter o direito de chamar a alguém de "Amigo".
Descobri que o amor é mais que um simples estado de enamoramento, "o amor e uma filosofia de vida".
Naquele dia, deixei de ser um reflexo dos meus escassos triunfos passados e passei a ser a minha própria tênue luz deste presente.
Aprendi que de nada serve ser luz se não vai iluminar o caminho dos demais.
Naquele dia, decidi trocar tantas coisas...
Naquele dia, aprendi que os sonhos são somente para fazer-se realidade.
E desde aquele dia já não durmo para descansar...
Agora simplesmente durmo para sonhar.

* Desconheço a autoria *

quarta-feira, 5 de março de 2014

O tamanho das pessoas...

Os Tamanhos variam conforme o grau de envolvimento...

Uma pessoa é enorme para ti, quando fala do que leu e viveu, quando te trata com carinho e respeito, quando te olha nos olhos e sorri .

É pequena para ti quando só pensa em si mesma, quando se comporta de uma maneira pouco gentil, quando fracassa justamente no momento em que teria que demonstrar o que há de mais importante entre duas pessoas: a amizade, o carinho, o respeito, o zelo e até mesmo o amor.

Uma pessoa é gigante para ti quando se interessa pela tua vida, quando procura alternativas para o seu crescimento, quando sonha junto contigo.E pequena quando se desvia do assunto.

Uma pessoa é grande quando perdoa, quando compreende, quando se coloca no lugar do outro, quando age não de acordo com o que esperam dela, mas de acordo com o que espera de si mesma.

Uma pessoa é pequena quando se deixa reger por comportamentos da moda.

Uma mesma pessoa pode aparentar grandeza ou miudeza dentro de um relacionamento, pode crescer ou decrescer num espaço de poucas semanas.

Uma decepção pode diminuir o tamanho de um amor que parecia ser grande.
Uma ausência pode aumentar o tamanho de um amor que parecia ser ínfimo.

É difícil conviver com esta elasticidade: as pessoas se agigantam e se encolhem aos nossos olhos. O nosso julgamento é feito não através de centímetros e metros, mas de ações e reações, de expectativas e frustrações.

Uma pessoa é única ao estender a mão, e ao recolhê-la inesperadamente torna-se mais uma.
O egoísmo unifica os insignificantes.
Não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa grande... é a sua sensibilidade, sem tamanho...

William Shakespeare.