quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

O boi e o burro

Quando Jesus Nasceu, um dos anjos de Belém achou bom contratar dois animais para ajudar José e Maria na gruta. O primeiro a chegar, naturalmente, foi o leão:
- Somente um rei como eu pode servir o Rei do mundo.
- Não! Você é muito feroz e abrutalhado. Poderá devorar meio mundo.
E dispensou o leão. Veio a raposa, toda sorrateira dizendo:
- Sou uma velha raposa. Eu conheço todos os galinheiros da região. Deixe comigo. Não vai faltar gemada para o menino. E para os pais, aquele franguinho caipira e saboroso.
- Tome vergonha, raposa desonesta. Que mau exemplo para uma criança. Pode ir embora.
Veio o pavão. Chegou abrindo a roda para mostrar sua plumagem. Desfilando para cima e para baixo, exclamou:
- Essa pobre gruta vai virar um palácio das mil-e-uma-noites com minha presença chique.
- Nada disso, disse o anjo. Não precisamos de vaidades e ostentações. Retire-se, por favor.

E assim foram passando outros animais. Será que nenhum deles serviria? O anjo estava para se retirar meio desiludido, quando avistou o boi e o burro, sempre quietos e ocupados em seu trabalho. Chamou-os:
- Vocês ficaram sabendo que estou contratando gente para servir a Jesus Menino?
- Sim! Ficamos sabendo. Mas não temos nada para oferecer. Só temos que agüentar calados as pauladas que dão em nossos lombos.
E o boi acrescentou:
- Poderíamos afastar as moscas de cima do Menino, balançando nossos rabos.
O anjo riu gostosamente e disse para os dois: “É exatamente disso que o Filho de Deus está precisando. Venham vocês dois”.
Palavra de vida: Jesus exclamou: “Eu vos bendigo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque estas coisas que escondestes aos sábios e aos entendidos, vós as revelastes à gente simples. (Mt 11,25)

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