segunda-feira, 25 de março de 2013

Respeito e civilidade

As crianças geralmente são lições vivas que retratam os ensinos que recebem de seus pais e professores.
E é gratificante perceber os frutos dessas lições, quando os filhos não estão com os adultos e mesmo assim agem conforme o que aprenderam. 

Um dia desses aconteceu um fato interessante, que nos chamou atenção. 

Uma menina de 9 anos e um garoto de 3 foram passar uns dias na casa de uma tia, aproveitando as férias de julho. 

As crianças levantaram tarde, pois o inverno, no sul, é um convite para ficar um pouco mais debaixo das cobertas... 

Após um leve desjejum, as crianças foram brincar no parquinho, enquanto a tia já preparava o almoço para logo mais. 

Poucos minutos depois, os dois entraram em casa novamente. 

"O que houve?" Perguntou a tia. 

E a menina falou, com tranqüilidade: "Tinha um senhor varrendo as folhas secas do parquinho, e a gente não quis atrapalhar." 

"E foi ele que pediu para vocês saírem?", questionou a tia, desejando saber se a iniciativa era deles mesmo. 

"Não, a gente achou melhor sair", respondeu a garota. 

Impressionante que o pequeno também voltou com a irmã mais velha, sem fazer escândalo. 

Não havia revolta, nem reprovação, por parte dos dois. 

Ambos agiram com a naturalidade de quem sugou as lições de respeito ao próximo, com o leite materno. 

Sem dúvida, uma atitude que merece reflexão por parte dos adultos. 

Não havia ninguém por perto para dizer àquela menina que ela deveria respeitar a pessoa que estava limpando o parquinho. Ela tomou a decisão com autonomia. 

Atitudes como essa denotam que o respeito e a civilidade são lições que valem a pena. 

Reportagens feitas nas ruas, e exibidas na TV, demonstraram que a grande maioria dos adultos não nota os varredores de rua. 

Tanto isso é verdade, que alguns atores famosos se vestiram de garis e passaram um bom tempo representando esse papel, em locais movimentados, sem que ninguém os reconhecesse. 

E se esses trabalhadores não são sequer notados, como serão respeitados? 

Isso é fruto de uma visão equivocada, em que as pessoas valem pelo que têm, ou parecem ter, em vez de serem valorizadas pelo simples fato de existirem. 

O respeito é um valor básico, e deveria reger as relações sociais. 

As noções de civilidade deveriam fazer parte das primeiras lições na infância. 

O respeito é uma matéria que deveria compor o currículo normal das escolas, e ser ensinado pela teoria e também pelo exemplo dos educadores. 

Quando o respeito não é levado em conta, na base da educação, a sociedade periclita. 

A falta de respeito gera conflitos de difícil solução, e é causa de muitas guerras. 

O respeito, levado às últimas conseqüências, seria a chave para a solução de inúmeros problemas sociais. 

Quando a sociedade respeitar os direitos básicos de cada cidadão, não haverá ninguém a quem falte o necessário. E um cidadão que vê seus direitos respeitados não tem razões para ser violento. 

E o primeiro de todos os direitos do ser humano, é o direito de viver. 

E para viver, algumas necessidades básicas devem ser atendidas. 

Entre elas estão a educação e o trabalho. As demais, o homem constrói com dignidade, pois o trabalho tudo vence. 

Você já imaginou como seria uma sociedade regida, naturalmente, pelo respeito mútuo? 

Seria a sociedade ideal, não há dúvida... 

Você entraria num restaurante e poderia conversar tranqüilamente com seus amigos, sem precisar gritar... 

Jamais haveria alguém fumando na mesa ao lado... 

Você só ouviria as músicas que desejasse dentro do seu lar, e não a dos vizinhos... 

O erário só seria usado em benefício de todos, e assim por diante. 

Pensemos nisso, e façamos a nossa parte para que essa sociedade seja uma realidade um dia.

Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita, com base em fatos reais.

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