segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

A Sabedoria e a Alegria

Vou ensinar-lhe agora o modo de entender que não é ainda um sábio. O sábio autêntico vive em plena alegria, contente, tranquilo, imperturbável; vive em pé de igualdade com os deuses. Analise-se então a si próprio: se você nunca se sente triste, se nenhuma esperança te aflige o ânimo na expectativa do futuro, se dia e noite a tua alma se mantém igual a si mesma, isto é, plena de elevação e contente de si própria, então você conseguiu atingir o máximo bem possível ao homem! Mas se, em toda a parte e sob todas as formas, você não busca senão o prazer, fique sabendo que tão longe estás da sabedoria como da alegria verdadeira. Você pretende obter a alegria, mas falhará o alvo se pensa vir a alcançá-la por meio das riquezas ou das honras, pois isso será o mesmo que tentar encontrar a alegria no meio da angústia; riquezas e honras, que você busca como se fossem fontes de satisfação e prazer, são apenas motivos para futuras dores.

(Sêneca)

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