sexta-feira, 30 de novembro de 2012

O remédio

João era dono de uma bem sucedida farmácia numa cidade do interior. Era um homem bastante inteligente, mas não acreditava na existência de Deus ou de qualquer outra coisa além do seu mundo material.
Um certo dia, ele estava fechando a farmácia quando chegou uma criança aos prantos dizendo que sua mãe estava passando mal e que se ela não tomasse o remédio logo, iria morrer.
Muito nervoso, e após a insistência da criança, resolveu reabrir a farmácia para pegar o remédio. Sua insensibilidade perante aquele momento era tal que acabou pegando o remédio mesmo no escuro e entregando à criança que agradeceu e saiu dali as pressas. Minutos depois percebeu que havia entregue o remédio errado para a criança e que se sua mãe o tomasse teria morte instantânea.
Desesperado tentou alcançar a criança mas não teve êxito. Sem saber o que fazer e com a consciência pesada, ajoelhou-se e começou a chorar e dizer que se realmente existia um Deus, que não o deixasse passar por assassino. De repente, sentiu uma mão a tocar-lhe o ombro esquerdo e ao virar-se deparou com a criança dizendo:
- Senhor, por favor não brigue comigo, mas é que cai e quebrei o vidro de remédio, dá para o senhor me dar outro?
Sabe, Ele está sempre nos ajudando, nós é que não percebemos isso...

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

O abraço

É demonstração de afeto
Carinho e muito amor
É saudade e lágrima
Mas também o calor

Abraço é amar
É querer aconchego
É sentir um amigo
...
Com todo o seu apego
 
Podemos abraçar
Uma causa, uma pessoa
Abraço é abraço
É cingir e cercar
É não sentir espaço

Abraçar uma causa
É o que nos faz sentir
Que quem luta acredita
E nunca deve desistir

Abraçar uma criança
Transmitir-lhe carinho
É dizer-lhe com os braços
Que nunca estará sozinho

Abraçar um amigo
Com toda a fraternidade
E como dizer estou aqui!
Para a toda a eternidade

Abraçar um amor
Com toda a compreensão
É desatar todos os nós
E fazer um laço de união

Vamos assim abraçar
Uma criança, uma causa
Um amigo e o nosso amor?
Custa tão pouco abraçar...

Acreditem não dá dor!”

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Educar o olhar...

Se você colocar um falcão em um cercado de 1m²,
inteiramente aberto em cima,ele se tornará um prisioneiro,apesar de sua habilidade para o vôo.
A razão é que um falcão sempre começa seu vôo
com uma pequena corrida em terra.
Sem espaço para correr, nem mesmo tentará voar
e permanecerá um prisioneiro pelo resto da vida,
nessa pequena cadeia sem teto.
O morcego,criatura notavelmente ágil no ar,
não pode sair de um lugar nivelado.
Se for colocado em um piso completamente plano,
tudo o que ele conseguirá fazer será andar de forma
confusa e dolorosa, procurando alguma ligeira elevação de onde possa se lançar ao vôo.
Um zangão, se cair em um pote de vidro aberto em cima,
ficará lá até morrer ou ser removido.
Ele não vê a saída no alto,por isso persiste em tentar sair pelos lados,
próximo ao fundo.
Procurará uma maneira de sair onde não existe nenhuma,até que se destrua completamente
de tanto se atirar contra as paredes do vidro.
Existem pessoas como o falcão, o morcego e o zangão: atiram-se obstinadamente contra os obstáculos,
sem perceber que a saída está logo acima.
Se você está como um zangão, um morcego ou um falcão, cercado(a) de problemas por todos os lados,
olhe para cima!
E lá estará a saída:
Deus...
À distância de uma oração!
Confie Nele!

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Quem decide por mim?

Um colunista conta uma estória em que acompanhava um amigo à uma banca de jornais.

O amigo cumprimentou o jornaleiro amavelmente, mas como retorno recebeu um tratamento rude e grosseiro.

Pegando o jornal que foi atirado em sua direção, o amigo do colunista sorriu polidamente e desejou um bom fim de semana ao jornaleiro.

Quando os dois amigos desciam pela rua, o colunista perguntou:

- Ele sempre te trata com tanta grosseria?

- Sim, infelizmente foi sempre assim...

- E você é sempre tão polido e amigável com ele?

- Sim, procuro ser.

- Por que você é tão educado, já que ele é tão inamistoso com você?

- Por que não quero que ele decida como eu devo agir.

Nós é que decidimos como devemos agir e reagir - não os outros!

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Escutar pra que?

Conta-se que um monge havia ficado em reclusão durante 20 anos em mosteiro na Índia, vivendo apenas para meditar, trabalhar, ler escrituras sagradas com o intuito de alcançar a iluminação. Após completar 20 anos de reclusão, o monge achou que havia atingido a iluminação e saiu dizendo a todas as pessoas que encontrava pelo caminho que Deus estava em tudo, nas árvores, nos animais, na terra, no céu, nas pessoas.

O monge em estado de êxtase, foi em direção à cidade com intenção de falar para o maior número de pessoas que Deus estava em tudo. Ao se encaminhar para o mercado, surge de repente, um enorme elefante desgovernado correndo em sua direção, mas o monge ficou parado afirmando para as pessoas que Deus estava em tudo e também estava elefante, por isso ele não lhe faria nenhum mal. As pessoas que estavam no Mercado gritavam para que ele saísse do caminho do elefante, mas ele permaneceu indiferente, dizendo que Deus estava no elefante por isso não corria nenhum perigo. O dono do elefante, que estava em cima do animal desgovernado, também gritava para que o monge saísse do caminho, mas o monge não deu ouvidos e permaneceu parado. Nesse instante o animal que vinha em grande velocidade atropelou-o e deixou-o todo machucado.

O monge foi levado ao médico e após voltar a si começou a se lamentar com a enfermeira: - Puxa que lástima, acabei de perder 20 anos da minha vida. Passei 20 anos estudando, trabalhando, lendo escrituras sagradas com intenção de alcançar a iluminação e quando achei que havia compreendido que Deus estava em todas as coisas um acidente horrível aconteceu comigo. Eu achava que Deus estava em tudo, principalmente naquele elefante, mas veja só o que ele me fez. Estou desiludido, pois perdi 20 anos da minha vida ao acreditar que Deus estava em todas as coisas. A enfermeira que ouvia tudo atentamente o interrompeu e disse.: - Eu até que entendo sua dor, pois sei do fato ocorrido, mas se você parar para pensar um pouco vai chegar a conclusão de que a situação é um pouco diferente do que você está dizendo. O monge intrigado perguntou a enfermeira: - Mas como? Essa eu não entendi, me explique melhor o que está querendo dizer. A enfermeira continuou: - Se você colocar a mão na consciência vai acabar percebendo que Deus está em tudo você é que não soube perceber esse fato no momento em que o incidente ocorreu. O monge ainda intrigado perguntou: - Mas como? Isso que você está dizendo é um absurdo! A enfermeira calmamente disse: - Deus estava presente naquelas pessoas que estavam no mercado e gritavam para que você saísse do caminho; Deus também estava presente no dono do Elefante que dizia para você sair da frente. Deus estava presente dizendo para você sair do caminho do elefante naquele momento, mas você não soube escutá-lo. Nesse momento o monge compreendeu que Deus realmente estava em tudo e alcançou a iluminação.

domingo, 25 de novembro de 2012

Zé era uma dessas pessoas que vive fugindo das dificuldades.

Sempre procurou caminho mais curto e cômodo. Era mestre em atalhos

Nem sempre suas soluções eram as melhores. Mas sempre estavam de acordo com os seus próprios interesses. Sofrimento era uma palavra que simplesmente não existia no dicionário do Zé.

Tudo o que pudesse provocar algum tipo de desconforto era imediatamente colocado em segundo lugar. Coisas como: solidariedade, amor, desinteressado, humildade, perdão...

Um dia Zé morreu...

Ao chegar no Céu encontrou São Pedro em frente a uma grande porta com uma imensa cruz de mais ou menos cinco metros.

Zé saudou o Santo com a intimidade de um velho conhecido, ... do jeito que fazia com os amigos nos bares da vida, quando queria pedir algum favor.

Depois, então, Zé lhe perguntou: Qual o caminho mais curto para o céu?

São Pedro respondeu:
"Seja Bem-vindo, Zé! A porta é por aqui mesmo ... Entre!"

O Zé entrou e viu uma longa escada, bastante estreita e pedregosa. E perguntou imediatamente, como fazia nos velhos tempos: Não tem um caminho mais curto?

São Pedro respondeu com ternura e autoridade: "Não, Zé. O caminho é esse mesmo. Todos os que entram no céu passam por aqui. E tem mais. Você deverá levar esta Cruz até lá. São apenas cinco quilômetros de caminhada."

O Zé olhou para a Cruz e pensou com seus botões: Vou dar um jeitinho. Agradeceu e saiu com sua Cruz em direção ao Paraíso. Caminhou um quilometro sem dificuldades. Foi então que viu um serrote esquecido no chão. Olhou ao redor, não viu ninguém e não resistindo a tentação, cortou um metro da Cruz.

Continuou o seu caminho mas levou junto o serrote. Mais um quilometro ... mais um metro cortado. Mais um quilometro ... cortou outro metro.

Quando faltava apenas cem metros para chegar no Céu só havia mais um metro da Cruz. E lá ia o Zé carregando a cruz sem dificuldade, como sempre fez durante toda sua vida. Foi então que aconteceu o inesperado. Para chegar até o Céu, seria necessário atravessar um precipício. A distancia até a outra margem é de cinco metros. O Zé podia ver apenas um fogo intenso no fundo do precipício. Faltou coragem... ele não seria capaz de saltar tão longe. Desanimado, sentou. Lembrou então a oração do Anjo da Guarda que aprendera com sua avó.

Começou a rezar ... e logo seu Anjo da Guarda apareceu e perguntou:

 Ei Zé... o que você está esperando? A festa lá no Céu está uma maravilha! Você não está escutando a música e as danças?... Porque você está aqui sentado?

O Zé respondeu: Cheguei até aqui, mas tenho medo de pular este precipício. O Anjo, então, exclamou:

 Ora, Zé use a ponte!

Que ponte?... perguntou o Zé. E o Anjo respondeu: Aquela que São Pedro lhe deu lá na entrada! Onde está a sua ponte, Zé? E, Zé compreendendo o seu grande erro respondeu tristemente ao Anjo:

 Eu cortei!

sábado, 24 de novembro de 2012

Como se Escreve...

Quando Joey tinha somente cinco anos, a professora do jardim de infância pediu aos alunos que fizessem um desenho de alguma coisa que eles amavam. Joey desenhou a sua família. Depois, traçou um grande círculo com lápis vermelho ao redor das figuras. Desejando escrever uma palavra acima do círculo, ele saiu de sua mesinha e foi até à mesa da professora e disse:

- Professora, como a gente escreve...? Ela não o deixou concluir a pergunta. Mandou-o voltar para o seu lugar e não se atrever mais a interromper a aula.

Joey dobrou o papel e o guardou no bolso. Quando retornou para sua casa, naquele dia, ele se lembrou do desenho e o tirou do bolso. Alisou-o bem sobre a mesa da cozinha, foi até sua mochila, pegou um lápis e olhou para o grande círculo vermelho.

Sua mãe estava preparando o jantar, indo e vindo do fogão para a pia, para a mesa. Ele queria terminar o desenho antes de mostrá-lo para ela e disse.

- Mamãe, como a gente escreve...?

- Menino, não dá para ver que estou ocupada agora? Vá brincar lá fora. E não bata a porta, foi a resposta dela. Ele dobrou o desenho e o guardou no bolso.

Naquela noite, ele tirou outra vez o desenho do bolso. Olhou para o grande círculo vermelho, foi até à cozinha e pegou o lápis. Ele queria terminar o desenho antes de mostrá-lo para seu pai. Alisou bem as dobras e colocou o desenho no chão da sala, perto da poltrona reclinável do seu pai e disse .

- Papai, como a gente escreve...?

- Joey, estou lendo o jornal e não quero ser interrompido. Vá brincar lá fora. E não bata a porta. O garoto dobrou o desenho e o guardou no bolso. No dia seguinte, quando sua mãe separava a roupa para lavar, encontrou no bolso da calça do filho enrolados num papel, uma pedrinha, um pedaço de barbante e duas bolinhas de gude. Todos os tesouros que ele catara enquanto brincava fora de casa. Ela nem abriu o papel. Atirou tudo no lixo.

Os anos passaram...

Quando Joey tinha 28 anos, sua filha de cinco anos, Annie fez um desenho. Era o desenho de sua família. O pai riu quando ela apontou uma figura alta, de forma indefinida e ela disse.

- Este aqui é você, papai! A garota também riu. O pai olhou para o grande círculo vermelho feito por sua filha, ao redor das figuras e lentamente começou a passar o dedo sobre o círculo.

Annie desceu rapidamente do colo do pai e avisou: eu volto logo! E voltou. Com um lápis na mão. Acomodou-se outra vez nos joelhos do pai, posicionou a ponta do lápis perto do topo do grande círculo vermelho e perguntou.

- Papai, como a gente escreve amor? Ele abraçou a filha, tomou a sua mãozinha e a foi conduzindo, devagar, ajudando-a a formar as letras, enquanto dizia: amor, querida, amor se escreve com as letras T...E...M...P...O (TEMPO).

Conjugue o verbo amar todo o tempo. Use o seu tempo para amar. Crie um tempo extra para amar, não esquecendo que para os filhos, em especial, o que importa é ter quem ouça e opine, quem participe e vibre, quem conheça e incentive.

Não espere seu filho ter que descobrir sozinho como se soletra amor, família, afeição.

Por fim, lembre: se você não tiver tempo para amar, crie.

Afinal, o ser humano é um poço de criatividade e o tempo...bom, o tempo é uma questão de escolha.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Tudo que o Senhor Supremo faz é bom

Havia um rei que era sempre aconselhado por seu ministro: "Tudo que o Senhor Supremo faz é bom" - dizia ele.

Então uma vez por acaso o rei cortou um dedo e tendo ficado muito angustiado perguntou ao ministro:
- "Tenho cumprido meus deveres religiosos, porque Deus fez essa injustiça comigo?".

- "Tudo que o Senhor Supremo faz é bom", respondeu o ministro.

Tendo ficado muito irritado com essa resposta, o rei decidiu castigá-lo prendendo-o na cadeia.

Na manhã seguinte, o rei que sempre saia para caçar com o ministro, decidiu ir sozinho mantendo-o preso.

Porém na floresta ele foi capturado pelos canibais que queriam oferecê-lo em sacrifício.

Então ele foi banhado e preparado, quando no último momento investigando seu corpo viram que estava incompleto, faltando um dedo, e não podendo oferecê-lo em sacrifício, resolveram soltá-lo.

Sentindo-se aliviado, o rei voltou ao seu palácio e soltando o ministro disse.

"Agora entendo o que você queria dizer com "tudo o que o Senhor Supremo faz é bom".

Estava a ponto de ser morto e quando viram que me faltava um dedo decidiram soltar-me.

Agora só não entendo porque você foi preso injustamente. Por que o Senhor Supremo fez isso com você?

"Tudo que o Senhor Supremo faz é bom" repetiu o ministro.

- Eu sempre vou caçar com você na floresta, se o tivesse acompanhado teria sido oferecido em sacrifício pois tenho todos os meus dedos.

"TUDO QUE O SENHOR SUPREMO FAZ É BOM".

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Um anjo de chapéu vermelho

Sentada na lanchonete em frente à clínica, não queria admitir o meu medo. No dia seguinte eu seria internada para fazer uma cirurgia na espinha, uma operação de alto risco. Eu tinha perdido meu pai havia poucas semanas e me sentia desamparada. Era como se a luz que me guiava tivesse retornado ao Céu. Mas eu tentava encontrar forças na minha fé.

"Oh, Senhor, nessa época de provações, mande-me um anjo."

Quando me preparava para sair, vi uma senhora idosa se dirigindo vagarosamente para o caixa. Fiquei atrás dela, admirando sua elegância – um lindo vestido xadrez vermelho e preto, um lenço, um broche e um chapéu vermelho - escalarte.

-Desculpe, senhora, mas não posso deixar de lhe dizer como é bonita. Vê-la assim tão elegante encheu-me de alegria.

Ela segurou a minha mão e disse:

-Minha doce criança, Deus a abençoe. Eu tenho um braço artificial, uma placa de metal no outro e esta perna não é minha. Levo um bom tempo para conseguir me vestir. Tento me arrumar da melhor maneira possível, mas, à medida que os anos passam, parece que as pessoas pensam que não tem importância vestir-se bem. Você hoje fez com que eu me sentisse uma pessoa especial. Que o Senhor possa protegê-la e abençoá-la porque você deve ser um anjinho enviado por Ele.

A senhora se foi sem que eu conseguisse dizer uma só palavra. Ela tocou a minha alma de tal forma que só podia ser o anjo que eu pedira.

Tami Fox

Histórias para Aquecer o Coração das Mulheres
Jack Canfield & Mark V. Hansen & JenniferR. Hawthorne & Marci Shimoff

Editora Sextante

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Mais bonitas do que sardas

Aconteceu num dia em que estava com minha filha no zoológico. Vi uma avó com uma garotinha cuja rosto era salpicado de sardas vermelhas e brilhantes. As crianças estavam esperando numa fila para que um artista pintasse suas faces com patinhas de tigre.

– Você tem tantas sardas que ele não vai ter onde pintar – um menino gritou na fila. Sem graça, a menininha abaixou a cabeça.

A avó ajoelhou-se perto dela e disse:

– Adoro suas sardas.

– Mas eu detesto - ela replicou.

– Quando eu era menina, sempre quis ter sardas – disse a senhora, passando o dedo pela face da neta. – Sardas são tão bonitas!

A menina levantou o rosto:

– São mesmo?

– Claro – disse a avó. – Quer ver? Me diga uma coisa mais bonita que sardas.

A garotinha, olhando para o rosto sorridente da senhora, respondeu suavemente:

– Rugas.

Aquele momento me ensinou para sempre que, se olharmos para os outros com os olhos do amor, não veremos o que possam ter de feio. Apenas o que têm de bonito.

Sue Monk Kidd
Histórias para Aquecer o Coração das Mulheres
Jack Canfield & Mark V. Hansen & Jennifer R. Hawthorne & Marci Shimoff - Sextante

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Uma história comovente




Garoto paraplégico que sonha em ser PM se emociona com presente de aniversário
Ele nasceu em um dos bairros mais pobres e com maior índice de criminalidade de Patos de Minas e ainda com hidrocefalia, doença que o impede de caminhar.
Mas as dificuldades não corromperam o sonho de João Carlos de se tornar um Policial Militar.
Às vésperas de completar 11 anos, o garoto escreveu uma carta que comoveu a todos. A surpresa veio nesta terça-feira (25), dia de seu aniversário.
A carta foi endereçada ao cabo Batista, o policial que faz a ronda em sua escola e com quem ele tem mais contato.
“Meu maior sonho é ganhar uma roupa de policial com algema, rádio de comunicação, revólver (pode ser de brinquedo) e também dar um passeio pela cidade no carro da polícia”, confidenciou João Carlos ao policial.
O pedido sensibilizou os policiais da 86ª Companhia da Polícia Militar e a realização do sonho de João Carlos foi cuidadosamente preparado.
Os policiais chegaram de surpresa. O encontro com o cabo Batista foi emocionante. Com os olhos em lágrimas, João Carlos se agarrou ao policial com toda a força.
O abraço da alegria e da gratidão.
Ali mesmo no meio da rua Jesus de Nazaré, em frente à casa simples, João Carlos recebeu a farda, semelhante a da Polícia Militar, e todos os presentes idealizados em seus sonhos.
A vizinhança inteira veio compartilhar o momento e comemorar o aniversário do garoto. A surpresa também teve direito a parabéns e bolo de aniversário.
A festa para João Carlos ficou completa com a realização do último sonho do garoto.
Devidamente fardado, ele entrou na viatura da Polícia Militar e seguiu pelas ruas da cidade para tentar levar paz ao mundo violento em que vive.
(Visto no Facebook)

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

O Custo da Gratidão

Qual será o melhor método para se ensinar a virtude da gratidão aos filhos? Haverá uma fórmula especial que dê resultado garantido?

Por vezes, o mais acertado provém de uma tomada de atitude, que determina um período de reflexão.

Mais ou menos como aconteceu com aquele garoto aos seus 13 anos.

Ele e o pai costumavam passear juntos aos sábados. Nada espetacular. Simplesmente uma ida ao parque, ou à marina para olhar os barcos.

Por vezes, uma visita em lojas de bugigangas, só para comprar aparelhos eletrônicos baratos, para desmontá-los ao chegar em casa e verificar seu sistema de funcionamento.

Algumas vezes havia uma parada na sorveteria. Randal nunca sabia se o pai iria ou não parar na sorveteria. Por isso, esperava ansioso, na volta para casa, que o pai enveredasse por aquela esquina decisiva. A esquina que significava animação e água na boca.

O pai do garoto, por vezes, tomava o caminho mais longo. Dizia que era para mudar um pouco o trajeto. Em verdade, parecia um jogo, onde ele ficava testando o autocontrole do filho.

Quando chegava na esquina, ele oferecia:

Quer um sorvete de casquinha?

O garoto pedia sorvete de chocolate, e o pai, de creme. Andavam devagar até o carro e ficavam saboreando o sorvete. Para o garoto, aquilo era o paraíso.

Certo dia, em que rumando para casa, passavam pela esquina, o pai perguntou: e aí, quer um sorvete de casquinha hoje?

Boa pedida! disse Randal.

Também acho, concordou o pai. Não quer pagar hoje?

O sorvete custava então vinte centavos. A cabeça de Randal começou a girar. Ele podia pagar. Ganhava uma mesada semanal de vinte e cinco centavos, mais uns trocados por serviços eventuais.

Mas ele queria economizar. Economizar era importante. E, por se tratar do seu dinheiro, Randal achou que sorvete não era um bom investimento.

E aí ele disse as palavras mais feias que podia ter dito naquele momento: bom, nesse caso, acho que vou desistir.

A resposta do pai foi lacônica. Concordou e começou a andar em direção ao carro estacionado. Assim que fizeram a curva a caminho de casa, o garoto percebeu o quanto estava errado.

Como ele pudera ser tão mesquinho? Seu pai já perdera a conta de quantos sorvetes lhe pagara e ele nunca comprara nenhum para ele. Como ele pudera perder aquela oportunidade rara de dar alguma coisa àquele pai tão generoso?

Pediu ao pai que voltasse. Em vão. Randal ficou se sentindo péssimo por seu egoísmo, sua ingratidão. Foram para casa.

Aquela semana foi terrível, longa, angustiante. O pai não agiu como se estivesse desapontado ou desiludido. Contudo, o garoto pensava e pensava.

No final de semana seguinte, quando fizeram o novo passeio, ele fez questão de conduzir o pai até à sorveteria e lhe oferecer, sorrindo: pai, quer um sorvete de casquinha hoje? Eu pago!

Naqueles dias, Randal aprendeu que a generosidade tem mão dupla, que a gratidão algumas vezes custa um pouco mais do que um simples "obrigado". No seu caso específico, lhe custou vinte centavos. E lhe valeu uma lição para a vida.

Pensamento

No processo da educação, quase sempre um gesto tem efeito mais poderoso do que muitas palavras.

A sabedoria está, para o educador, em saber usar as palavras certas, nos momentos adequados e a utilizar a eloquência do silêncio, nas horas precisas.

domingo, 18 de novembro de 2012

Seu cavalo pode voar!

Um poderoso rei condenou um humilde súdito à morte. O homem, prestes a ser executado, propôs e teve a concordância do rei, permiti-lo ensinar o cavalo real a voar. Caso não conseguisse, no prazo de um ano, então sua sentença seria cumprida.

Por que adiar o inevitável? Perguntou-lhe um amigo. Não é inevitável, ele respondeu: as chances são quatro a um a meu favor. Dentro de um ano: o rei pode perder o trono; eu posso fugir; o cavalo pode fugir e eu posso ensinar o cavalo a voar.

Freqüentemente nos vemos diante de obstáculos difíceis e aparentemente impossíveis de transpor. Por mais que busquemos soluções, elas parecem não existir. O primeiro impulso nos convida a desistir, mas é preciso que jamais esqueçamos que para o nosso amado Deus todas as coisas são possíveis!

Há alguns séculos costumava-se dizer que, o homem jamais poderia voar. "Se Deus quisesse que o homem voasse, teria lhe dado asas." Porém, hoje, em poucas horas o homem atravessa um oceano e vai para outro continente! Assim como o súdito de nossa estória, aprendamos a olhar a situação com otimismo. Para cada possibilidade adversa, muitas favoráveis poderão ser encontradas, e, com muita fé e determinação, o que parecia impossível poderá se tornar realidade.

Não esmoreça nunca! Mesmo que tudo indique o contrário, creia: o seu cavalo pode voar!

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

A importância de ser você mesmo!

Certo dia, um Samurai, que era um guerreiro muito orgulhoso, veio ver um Mestre Zen. Embora fosse muito famoso, ao olhar o Mestre, sua beleza e o encanto daquele momento, o samurai sentiu-se repentinamente inferior.

Ele então disse ao Mestre:
- "Por que estou me sentindo inferior? Apenas um momento atrás, tudo estava bem. Quando aqui entrei, subitamente me senti inferior e jamais me sentira assim antes. Encarei a morte muitas vezes, mas nunca experimentei medo algum. Por que estou me sentindo assustado agora?"

O Mestre falou:
- "Espere. Quando todos tiverem partido, responderei."

Durante todo o dia, pessoas chegavam para ver o Mestre, e o samurai estava ficando mais e mais cansado de esperar. Ao anoitecer, quando todos tinham saído, o samurai perguntou novamente:
- "Agora você pode me responder por que me sinto inferior?"

O Mestre o levou para fora. Era um noite de lua cheia e a lua estava justamente surgindo no horizonte. Ele disse:
- "Olhe para estas duas árvores: a árvore alta e a árvore pequena ao seu lado. Ambas estiveram juntas ao lado de minha janela durante anos e nunca houve problema algum. A árvore menor jamais disse à maior: "Por que me sinto inferior diante de você? " Esta árvore é pequena e aquela é grande - este é o fato, e nunca ouvi sussurro algum sobre isso."

O samurai então argumentou:
- "Isto se dá porque elas não podem se comparar."

E o Mestre replicou:
Então não precisa me perguntar, você sabe a resposta. Quando você não compara, toda a inferioridade e superioridade desaparecem. Você é o que é e simplesmente existe. Um pequeno arbusto ou uma grande e alta árvore, não importa, você é você mesmo.

Uma folhinha da relva é tão necessária quanto a maior das estrelas. O canto de um pássaro é tão necessário quanto qualquer Buda, pois o mundo será menos rico se este canto desaparecer.

Simplesmente olhe à sua volta. Tudo é necessário e tudo se encaixa. É uma unidade orgânica: ninguém é mais alto ou mais baixo, ninguém é superior ou inferior. Cada um é incomparavelmente único. Você é necessário e basta. Na Natureza, tamanho não é diferença. Tudo é expressão igual de vida!

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Doação

Havia uma garota cega que se odiava pelo fato de ser cega!

Ela também odiava a todos... exceto seu namorado!

Um dia ela disse que se pudesse ver o mundo, ela se casaria com ele.

Em um dia de sorte, alguém doou um par de olhos a ela! Então o seu namorado perguntou a ela:

- Agora que você pode ver, você se casa comigo?

A garota ficou chocada quando viu que seu namorado também era cego! Ela disse:

-Por quê você nunca me disse que era cego também, eu não gostava da minha cegueira, por quê você acha que eu gostaria da sua?

- Jamais vou me casar com um cego!

O namorado afastando-se dela em lágrimas disse:

- Por favor, apenas cuide bem dos meus olhos... eles eram muito importantes pra mim...

Nunca despreze quem te ama!

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

O cavaleiro com compaixão nos olhos

Era uma tarde de tempo feio e frio no norte da Virgínia, há muitos anos. A barba do velho estava coberta de gelo e ele esperava alguém para ajudá-lo a atravessar o rio. A espera parecia não ter fim. O vento cortante tornava seu corpo dormente e enrijecido.

Ele ouviu o ritmo fraco e ritmado dos cascos de cavalos a galope sobre o chão congelado. Ansioso, observou quando vários cavaleiros apareceram na curva. Ele deixou o primeiro passar, sem procurar chamar sua atenção. Então veio outro e mais outro. Finalmente, o último cavaleiro se aproximou do lugar onde o velho estava parado como uma estátua de gelo. Depois de observá-lo rapidamente, o velho lhe acenou, perguntando: "O senhor poderia levar este velho para o outro lado? Parece não haver uma trilha para eu seguir a pé."

O cavaleiro parou o cavalo e respondeu: "É claro. Pode montar." Vendo que o velho não conseguia levantar o corpo semi congelado do chão, ajudou-o a montar e não só atravessou o rio com o velho, mas o levou ao seu destino, algumas milhas adiante.

Quando se aproximavam da casa pequena, mas aconchegante, curioso, o cavaleiro perguntou: "Eu percebi que o senhor deixou vários outros cavaleiros passarem sem fazer qualquer gesto para pedir ajuda na travessia. Então eu apareci e o senhor imediatamente me pediu para levá-lo. Eu gostaria de saber por que, numa noite fria de inverno, o senhor pediu o favor ao último a passar. E se eu tivesse me recusado e o deixado na beira do rio?"

O velho apeou do cavalo devagar. Olhou o cavaleiro bem nos olhos e respondeu: "Eu já vivi muito e acho que conheço as pessoas muito bem." Parou um instante e continuou: "Olhei nos olhos dos outros que passaram e vi que eles não se condoeram da minha situação. Seria inútil pedir-lhes ajuda. Mas, quando olhei nos seus olhos, ficaram claras sua bondade e compaixão. A vida me ensinou a reconhecer os espíritos bondosos e dispostos a ajudar os outros na hora da necessidade."

Essas palavras tocaram profundamente o coração do cavaleiro: "Fico agradecido pelo que o senhor falou", disse ao velho. "Espero nunca ficar tão ocupado com meus próprios problemas que deixe de corresponder às necessidades dos outros com bondade e compaixão."

Falando isso, Thomas Jefferson virou seu cavalo e voltou para a Casa Branca.

Histórias para Aquecer o Coração 2
Jack Canfield e Mark Victor Hansen
Editora Sextante

domingo, 11 de novembro de 2012

Linda canção, interpretação, belíssima história!

 Antes de assistir leia isso!
Todo mundo, ou quase todo mundo já ouviu, pelo menos uma vez, a canção
Amazing Grace (algo como Surpreendente Graça ), que é uma música tradicional
britânica. O que a maioria não sabe (eu não sabia) é que essa canção foi
composta por um cidadão britânico de nome Johnn Newton, no século dezoito,
depois de uma conversão religiosa. Ele havia começado uma carreira na
Marinha Real, mas abandonou aquilo para tornar-se traficante de escravos.
Conta-se que, em uma de suas viagens, seu navio foi atingido em mar alto por
uma tempestade.
Newton, então, deu-se conta de que só a Graça Divina o salvaria e orou
fervorosamente a Deus. A graça aconteceu: ele conseguiu escapar são e salvo
com o seu navio. Movido por aquilo, Johnn começou a ler o clássico cristão
Imitação de Cristo , de Thomas Kempis, e ainda tocado pela Luz que o havia
despertado interiormente, mudou a sua vida, libertou todos os escravos que
venderia e passou a ser um lutador anti-escravagista. Compôs, então, a
canção Amazing Grace , como agradecimento e um testemunho do que havia se
passado com ele, em seu encontro com Deus.

É esta canção que você ouve (e vê) no vídeo abaixo, legendado para o português, que mostra uma
apresentação da mesma pelos meninos do incrível grupo vocal Il Divo ,
interpretando essa canção emocionante em pleno Coliseu, em Roma, onde, no
passado, tantas pessoas perseguidas, maltratadas e escravizadas (inclusive
cristãos), encontraram um fim trágico e cruel.

Conhecendo a história, podemos apreciar ainda mais Amazing Grace e a sua
interpretação única dos talentosos Il Divo ... e ver como uma admirável
graça pode estar nos procurando sem que a percebamos, sem que nos abramos
sinceramente a ela, sejamos cristãos ou não.



sábado, 10 de novembro de 2012

Como fazer para durar o amor...

Uma mãe e a sua filha estavam a caminhar pela praia. Num certo ponto, a menina disse:
- Como se faz para manter um amor?
A mãe olhou para a filha e respondeu:
- Pega num pouco de areia e fecha a mão com força...
A menina assim fez e reparou que quanto mais forte apertava a areia com a mão, com mais velocidade a areia se escapava.
- Mamãe, mas assim a areia cai!!!
- Eu sei, agora abre completamente a mão...
A menina assim fez mas veio um vento forte e levou consigo a areia que restava na sua mão.
- Assim também não consigo mantê-la na minha mão!
A mãe, sempre a sorrir disse-lhe:
- Agora pega outra vez num pouco de areia e mantenha na mão semi-aberta como se fosse uma colher... bastante fechada para protegê-la e bastante aberta para lhe dar liberdade.
A menina experimenta e vê que a areia não se escapa da mão e está protegida do vento.

É assim que se faz durar um amor...

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

20 Conselhos dos indígenas norte-americanos

1. Levanta-te com o sol para orar. Ora frequentemente. O Grande Espírito ouvirá, certamente, se lhe falas.

2. Sê tolerante com aqueles que perderam o caminho. A ignorância, a presunção, a ira, a inveja e a ganância, derivam de uma alma perdida. Ora para que eles reencontrem o caminho.

3. Busca-te a ti mesmo, pelos teus próprios meios. Não permitas que outros façam o teu caminho por ti. É o teu caminho e é só teu. Outros podem caminhar contigo, mas ninguém pode fazer o teu trajeto por ti.

4. Trata os teus convidados em tua casa com muita consideração. Serve os melhores alimentos, a melhor cama e trata-os com respeito e honra.

5. Não fiques com o que não é teu, seja de um indivíduo, da comunidade, da selva ou de uma cultura. Não ganhaste ou foi-te dado. Não é teu.

6. Respeita todas as coisas que estão sobre a terra, sejam elas pessoas, animais ou plantas.

7. Honra os pensamentos, desejos e palavras de todas as pessoas. Nunca os interrompas, ridicularizes ou imites de forma grosseira. Permite a cada pessoa o direito de expressão pessoal.

8. Nunca fales mal dos outros. A energia negativa que envias para o universo multiplica-se quando regressa a ti.

9. Todas as pessoas cometem erros. E todos os erros podem ser desculpados.

10. Os maus pensamentos causam doenças na mente, no corpo e no espírito. Prática o otimismo.

11. A natureza não é para nós. É parte de nós. Ela é parte da nossa família deste mundo.

12. As crianças são as sementes do nosso futuro. Semeia o amor nos seus corações e rega-as com sabedoria e lições da vida. Quando elas começarem a germinar, dá-lhes espaço para crescerem.

13. Evita ferir os corações dos outros. O veneno do sofrimento causado acaba por retornar a ti.

14. Sê verdadeiro em todos os momentos. A honestidade é o teste da tua vontade neste universo.

15. Mantém-te equilibrado. A tua pessoa mental, a tua pessoa espiritual, a tua pessoa emocional e a tua pessoa física: todas têm a necessidade de serem fortes, puras e saudáveis.

16. Toma decisões conscientes sobre quem serás e como reagirás. Sê responsável pelos teus próprios atos.

17. Respeita a privacidade e o espaço pessoal dos outros. Não toques nas propriedades pessoais de outras pessoas, especialmente nos objetos religiosos e sagrados. Isso é proibido.

18. Sê verdadeiro contigo próprio em primeiro lugar. Não podes nutrir e ajudar os outros, se não conseguires primeiro, nutrir-te e ajudar-te a ti mesmo.

19. Respeita as crenças religiosas dos outros. Não imponhas aos outros as tuas próprias crenças.

20. Partilha a tua boa sorte com os outros. Participa na caridade.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

A paciência de Atisha

Atisha, um grande mestre tibetano, tinha um empregado que era muito desagradável. Estava sempre muito mal disposto, resmungava com tudo e arranjava problemas com todas as pessoas do mosteiro. Além disso, era muito malcriado com o mestre.

Indignados com a sua atitude os discípulos imploravam ao mestre que o mandasse embora, que o substituiriam no seu trabalho. Então Atisha respondia:

- E sem ele como é que vou treinar a minha paciência?

Consta que ao fim de uns anos, tratado carinhosamente por Atisha, o empregado se converteu.

Agora quando alguma coisa me irrita ou alguém me aborrece lembro-me desta história e agradeço a "este meu empregado Atisha" que me permite desenvolver a paciência.

Histórias Budistas

domingo, 4 de novembro de 2012

Principios

Jonh Blanchard levantou do banco, endireitando a jaqueta de seu uniforme e observou as pessoas fazendo seu caminho através da Grande Central Station.

Ele procurou pela garota cujo coração ele conhecia mas o rosto não; a garota com a rosa. Seu interesse por ela havia começado 30 meses antes, numa livraria da Flórida.

Tirando um livro da prateleira, ele se pegou intrigado, não com as palavras do livro, mas com as notas feitas à lápis nas margens. A escrita suave refletia uma alma profunda e uma mente cheia de brilho. Na frente do livro, ele descobriu o nome do primeiro proprietário: Srta. Hollis Maynell.

Com tempo e esforço, ele localizou seu endereço. Ela vivia na cidade de Nova York. Ele escreveu a ela uma carta, apresentando-se e convidando-a a corresponder-se com ele. Na semana seguinte ele embarcou em um navio para servir na II Guerra. Durante o ano seguinte, mês a mês eles desenvolveram o conhecimento um do outro através de suas cartas. Cada carta era uma semente caindo num coração fértil. Um romance de companheirismo. Blanchard pediu uma fotografia, mas ela recusou. Ela sentia que se ele realmente se importasse com eles, não importaria como ela era, ou sua aparência.

Quando finalmente chegou o dia em que ele retornou da Europa, eles marcaram seu primeiro encontro - 7:00 da noite na Grand Central Station. "Você me reconhecerá" ela escreveu, "pela rosa vermelha que estarei usando na lapela".

Então, às 7:00 ele estava na estação, procurando pôr uma garota cujo coração ele amava, mas cuja face ele nunca havia visto. Vou deixar o Sr. Blanchard dizer-lhes o que aconteceu:

"Uma jovem aproximou-se de mim. Sua figura era alta e magra.

Seus cabelos loiros caíam atrás de suas delicadas orelhas, seus olhos eram azuis como flores. Seus lábios e queixos tinham uma firmeza delicada e seu traje verde pálido era como se a primavera tivesse chegado.

Eu me dirigi a ela, inteiramente esquecido de perceber que ela não estava usando uma rosa. Como eu me movi em sua direção, um pequeno e provocativo sorriso curvou seus lábios."

"Indo para o mesmo lugar que eu, marinheiro?" ela murmurou. Quase incontrolavelmente, dei um passo para junto dela, e então eu vi Hollis Maynell.

Ela estava parada quase que exatamente atrás da garota. Uma mulher já passada dos 50 anos, ela tinha seus cabelos grisalhos enrolados num coque sob um chapéu gasto. Ela era mais que gorducha, seus pés compactos confiavam em sapatos de saltos baixos. A garota de verde seguiu seu caminho rapidamente.

Eu me senti como se tivesse sido dividido em dois, tão forte era meu desejo de seguí-la e tão profundo era o desejo por aquela mulher cujo espírito verdadeiramente me acompanhara e me sustentara através de todas as minhas atribulações. E então ela parou, sua face pálida e gorducha era delicada e sensível, seus olhos cinzas tinham um calor e simpatia cintilantes.

Eu não hesitei, meus dedos seguraram a pequena e gasta capa de couro azul do livro que a identificou para mim. Isto podia não ser amor, mas poderia ser algo precioso, talvez mais que amor, uma amizade pela qual eu seria para sempre cheio de gratidão. Eu inclinei meus ombros, cumprimentei-a mostrando o livro para ela, ainda pensando, enquanto falava, na amargura do meu desapontamento. "Sou o Tenente Jonh Blanchard, e você deve ser a Srta. Maynell. Estou muito feliz que você tenha podido me encontrar. Posso lhe oferecer um jantar?".

O rosto da mulher abriu-se num tolerante sorriso: "Eu não sei o que está acontecendo", ela respondeu. "Aquela jovem de vestido verde que acabou de passar me pediu para colocar esta rosa no casaco. E ela disse que se você me convidasse para jantar, eu deveria lhe dizer que ela esta esperando por você no restaurante da esquina. E ela disse que isso era um tipo de teste!"

Não parece difícil, para mim, compreender e admirar a sabedoria da Srta. Maynell.

A verdadeira natureza do coração de uma pessoa é vista na maneira como ela responde ao que não é atraente.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Vocação para felicidade

"Não serei o poeta de um mundo caduco."

 Não escreverei versos chorosos, cantando      tristezas infinitas,
 amores impossíveis, saudades dolorosas,
 paixões trágicas e não correspondidas.

 Tenho a vocação para a felicidade.
 Ser feliz não me traz sentimento de culpa.
 Não preciso da tristeza para justificar  a  inutilidade da vida.
 Não preciso morrer e ir  ao céu para encontrar  a felicidade.
Quero-a e tenho-a neste espaço terreno do  aqui e  do  agora.


A felicidade, tal e qual o  amor,  está dentro de mim
E transborda em ternuras, em melodias,
em carinhos, em alegrias, em cantos e encantos.

Sou feliz e não preciso me justificar.
Sorrio sem ver passarinho verde.
Não tenho medo de ser feliz.

Faço minha estrela brilhar.
Sem receio dos encontros, desencontros,
encantos e desencantos que o amor me diz.

Contrariedades? Eu  as tenho.
E quem não as tem na vida secular ?
Escassez de dinheiro? Nem é bom falar
Amores não correspondidos? Separações?
Rejeições? Saudades incuráveis?
Carinhos reprimidos, ternuras guardadas,
sem  a contra parte do outro?
Eu tenho aos montões.
Sou a rainha das perdas, necessárias ao meu crescimento.

Contudo quem não soube a sombra não sabe a luz.
E num livro de matemática existencial
juntei todos esses problemas insolúveis,
com as respostas nas últimas páginas.
Mas pra que me debruçar
sobre eles, procurando a solução
se a própria vida me conduz
a resposta final?

Sem medo de ser feliz vou por aqui e por ali
por onde os caminhos, as trilhas,
Os atalhos me levarem, traçando meu rumo.
Às vezes com alguma tristeza,
mas quem disse que felicidade
é o contrário de tristeza?
Tristeza é só uma momentânea falta de alegria!

É, amigo, amanhã é sempre um novo dia
E quando a infelicidade passar por aqui,
minhas malas estarão prontas
para eu ir por ali.

(C. Drummond de Andrade. )

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Alfabeto emocional

O Dr. Juan Hitzig estudou as características de alguns idosos saudáveis e concluiu que além das características biológicas, o denominador comum entre todos eles está em suas condutas e atitudes.

“ Cada pensamento gera uma emoção e cada emoção mobiliza um circuito hormonal que terá impacto nos trilhões de células que formam um organismo – explica -.

As condutas “S”: serenidade, silêncio, sabedoria, sabor, sexo, sono, sorriso, promovem secreção de Serotonina, … enquanto que as condutas “R”: ressentimento, raiva, rancor, repressão, resistências, facilitam a secreção de CoRtisol, um hormônio coRRosivo para as células, que acelera o envelhecimento.

As condutas “S” geram atitudes “A”: ânimo, amor, apreço, amizade, aproximação. As condutas “R” pelo contrário geram atitudes “D”: depressão, desânimo, desespero, desolação.

Aprendendo este alfabeto emocional, lograremos viver mais tempo e melhor, porque o “sangue ruim” (muito cortisol e pouca serotonina) deteriora a saúde, oportuniza as doenças e acelera o envelhecimento. O bom humor, pelo contrário, é a chave para a longevidade saudável.”

Tenha uma excelente vida! Plena de Serotonina!!!